Anvisa autoriza aplicar vacina de reforço a partir dos 5 anos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dose de reforço da vacina contra covid-19 Comirnaty, da Pfizer, em crianças e adolescentes

O que diz a mídia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dose de reforço da vacina contra covid-19 Comirnaty, da Pfizer, em crianças e adolescentes.
A terceira dose do imunizante fabricado pela farmacêutica americana Pfizer poderá ser aplicada em crianças a partir de 5 anos e a recomendação passará a constar em bula.
O pedido foi feito em junho deste ano, mas o veredicto só foi dado nesta segunda-feira.
O parecer da agência partiu de análise de dados clínicos da empresa, que mostraram que os benefícios na mudança da posologia são maiores que os riscos relacionados à aplicação da dose extra nesse grupo.
Além disso, também foi constatado que a quantidade de anticorpos gerada pelas vacinas contra covid-19 estava decaindo conforme o tempo, o que explica a necessidade de reavaliação sobre as doses de reforço, a fim de manter a imunização eficaz. A vacina Comirnaty obteve seu registro em fevereiro de 2021, tendo como público uma extensa faixa etária que vinha a partir dos 6 meses.
A dose de reforço já havia sido aprovada para pessoas maiores de 18 anos.
Conforme o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, até o início de novembro foram notificados 3.367 casos suspeitos de covid-19 em crianças e adolescentes de zero a 19 anos no Brasil. Desses, 57,6% foram confirmados; 33,9% foram descartados e 8,4% continuam em investigação.
Dos casos confirmados, 133 vieram a óbito.
RISCO. O Distrito Federal é atualmente a unidade federal com a maior incidência acumulada, tendo 9,7 casos a cada 100 mil habitantes, seguida por Alagoas, com 9,5 casos a cada 100 mil habitantes na faixa etária de 0 a 19 anos. Ainda em setembro, o Estadão mostrou, por meio de levantamento do grupo de pesquisa Observa Infância, da Fiocruz, que crianças menores de 5 anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença.
De janeiro a junho, esse grupo representava apenas 5,6% das hospitalizações por complicações. As vacinas são recomendadas por especialistas como principal maneira de se proteger contra casos graves e óbitos por covid.

Fonte: Stéphanie Araújo / O Estado de S. Paulo