A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara facial em aeroportos e aeronaves.
A proteção compulsória foi implementada em dezembro de 2020, auge da pandemia do coronavírus no País. A decisão foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União e já passa a valer nesta quarta-feira.
O entendimento é de que a máscara facial ainda é recomendável em espaços públicos como aeroportos e aeronaves, mas não mais obrigatória.
Assim, ela passa de uma medida de saúde coletiva para um “compromisso de responsabilidade individual”, segundo os técnicos. A obrigatoriedade de máscaras faciais em aeroportos já foi debatida pela Anvisa em outras reuniões deste ano, mas tinha sido mantida nas oportunidades anteriores.
Em 22 de maio, por exemplo, a agência permitiu que os serviços de alimentação a bordo das aeronaves fossem retomados, mas não suspendeu o uso obrigatório de máscaras.
A Anvisa alegou nesta quarta que a mudança de posicionamento foi motivada em parte pela portaria emitida pelo Ministério da Saúde em 22 de abril, que declarou o encerramento da emergência em saúde pública pelo novo coronavírus.
Também foram considerados o cenário internacional da pandemia, o comportamento sazonal do vírus, a quantidade atual de mortes diárias e a capacidade de atendimento na rede pública de saúde.
Segundo os integrantes da Anvisa, há uma estabilização com tendência de queda no cenário epidemiológico da covid no Brasil e, após reunião com epidemiologistas e infectologistas, as projeções não apontaram que a suspensão da obrigatoriedade teria impacto no número de mortes pelo coronavírus.
A média móvel diária, de acordo com o consórcio dos veículos de imprensa, tem se mantido em torno de 200 nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, mais de 47% da população total já foi imunizada com a dose de reforço contra a covid.
NO MUNDO
As mortes por covid-19 estão aumentando em todo o mundo, porém, chegando a 15 mil somente na semana passada, informou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A variante Ômicron permanece a dominante, com sua subvariante BA.5 representando mais de 90% dos casos confirmados em laboratório no mês passado. “(Um total de) 15 mil mortes é completamente inaceitável em circunstâncias onde temos todas as ferramentas para prevenir infecções e salvar vidas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Fonte: O Estado de S.Paulo