Amapá registra o maior número de casos confirmados de sarampo

Até o fim da semana epidemiológica 25 - que corresponde ao período de 16 a 25 de junho - o País registrou 1.637 casos suspeitos de sarampo. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

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Até o fim da semana epidemiológica 25 – que corresponde ao período de 16 a 25 de junho – o País registrou 1.637 casos suspeitos de sarampo. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Do número de casos notificados, foram confirmados 41, sendo 40 (97,6%) por critério laboratorial. Outros 1.143 (69,8%) casos foram descartados e 453 (27,7%) permanecem sendo investigados no País. Observando a curva epidêmica, nota-se a ocorrência de maior confirmação de casos nas semanas epidemiológicas 14 a 20 e, a partir da semana 26, houve um expressivo número de casos suspeitos sem encerramento.

Permanecem com casos confirmados pela doença os estados do Amapá, São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. Vale ressaltar que o Amapá apresenta o maior número de casos confirmados, com 31 (75,6%), presentes em cinco municípios, e incidência de 4,33 casos para cada 100 mil habitantes.

Os mais acometidos pela doença são crianças menores de um ano de idade – com 22 casos confirmados e incidência de 8,39 casos por 100 mil habitantes. Ainda nessa faixa etária, o maior número de casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino, 13 (54,2%).

Verificando a incidência por faixas etárias presentes nas estratégias de vacinação promovidas em 2019 e 2020, o maior índice é observado em menores de 5 anos, os quais registram 2,9 casos por 100 mil habitantes. Na distribuição por sexo, o masculino apresenta o maior número de casos registrados (24).

Em relação aos óbitos pela doença, não houve confirmação até o momento. Entretanto, em 2021, foram confirmados dois óbitos por sarampo, ambos no estado do Amapá, em bebês menores de um ano de idade.

Histórico

Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do vírus e, até o ano de 2017, não foram confirmados casos de sarampo no País. Porém, após a confirmação de 9.325 casos da doença em 2018, o Brasil perdeu a certificação de “País livre do vírus do sarampo” no ano seguinte, dando início a novos surtos.

Desde então, a rede de Laboratórios de Saúde Pública reconheceu a vigilância laboratorial para sarampo como uma das mais importantes estratégias para controlar e intervir na tomada de decisões referente aos surtos da doença.

O Ministério também destaca a necessidade de intensificar ações de vacinação, a partir da procura ativa de pessoas que ainda não se vacinaram e organização nos processos de trabalho das equipes de saúde, de maneira a seguir as diretrizes e orientações do Calendário Nacional de Vacinação.