No dia 27 de janeiro deste ano, o Estado de São Paulo registrou o primeiro caso confirmado de febre amarela no estado desde 2020. A vítima, de 73 anos, é um homem que mora na zona rural da cidade de Vargem Grande do Sul, município localizado próximo à divisa com Minas Gerais. Desta forma, o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) do Estado de São Paulo alerta a população para os cuidados e reforça que há risco de contaminação vigente.
Cidades do interior de Minas Gerais e do Paraná, que fazem divisa com São Paulo, estão com sinais de alerta para a infecção e com a chegada do feriado prolongado de Carnaval, é fundamental que indivíduos que viajarão para essas localizações se mantenham atentos às recomendações e ao calendário vacinal, estando com a imunização contra a febre amarela em dia.
O risco de contágio é mais eminente em regiões de mata e zona rural, em que turistas podem frequentar para realizar acampamentos, trilhas, mergulhos em cachoeiras e demais atividades de lazer, uma vez que a infecção acontece por meio de mosquitos silvestres que vivem em regiões próximas da natureza e que não têm contato com a esfera urbana. Por isso, o CVE destaca que a vacinação e as campanhas de conscientização são indispensáveis para evitar o agravamento de casos – independentemente de ser um período endêmico ou não.
A Secretaria de Estado da Saúde informa que a cobertura vacinal contra a febre amarela no Estado de São Paulo está em 64% e enfatiza que a imunização contra a arbovirose faz parte do calendário de vacinas, disponível para a aplicação em todos os postos do estado. Além disso, a pasta reforça que a transmissão não tem relação com macacos, de modo que estes animais não têm participação direta nas infecções.
A vacina contra a febre amarela não tem validade e, caso os indivíduos já tenham tomado pelo menos uma dose, não há necessidade de reforço. Ela pode ser ministrada para adultos e crianças, e a dose está autorizada para aplicação a partir dos nove meses de idade.