Acidentes por pipas causam aumento de 139% dos atendimentos ambulatoriais

Em 2024, Estado de São Paulo já registra mais de 1.300 notificações

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Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) apontam que, de janeiro a maio de 2023, houve 555 atendimentos ambulatoriais ocasionados por objetos cortantes. Neste ano, durante o mesmo período de análise, foi observado que o número passou para 1.326, o que simboliza um aumento de 139% dos casos.

No Estado de São Paulo, a proibição do cerol está prevista pela Lei 17.201/2019, por conta dos graves riscos trazidos pelo produto. Composto por cola e vidro moído, o cerol não é visto a olho nu, podendo ocasionar cortes profundos e problemas na rede elétrica – em ambas as situações, se elevam as chances de morte.

Além disso, o perigo deste artefato também afeta crianças que, ao brincar em ruas, podem passar desapercebidas pelas linhas, ocorrendo lesões causadas pelo cerol. A ameaça também se estende a motoqueiros, já que por conta da velocidade de seus veículos, os ferimentos costumam ser ainda mais críticos, resultando em hemorragia, insuficiência respiratória aguda ao lesionar a traqueia e até mesmo cegueira, nos casos em que há trauma ocular.

Não obstante, também podem ocorrer ferimentos nas regiões cervicais e em demais partes do corpo, levando a mutilações, amputações e lesões vasculares, que sucedem em óbito.

Outro perigo se constitui na linha chilena, que também é utilizada ao soltar pipas. Nela, a composição conta com óxido de alumínio e pó de quartzo – ambas altamente cortantes. Além das injúrias físicas, esta linha também pode ocasionar choques, curtos-circuitos e danos na fiação, caso entre em contato com a rede elétrica.