Boletim revela cenário da segurança das vacinas contra a Covid-19 no Brasil

Durante o período de análise, foram aplicadas 384.827.394 doses de vacinas contra a Covid-19

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Recentemente, foi divulgado pelo Ministério da Saúde mais uma edição de Boletim Epidemiológico, desta vez trazendo um monitoramento da segurança das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Os dados apresentados foram coletados entre 18 de janeiro de 2021 (data inicial de vacinação) e 17 de março deste ano em todo o País, com exceção de São Paulo.

O arquivo ressalta que “Todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras, possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Durante o período de análise, foram aplicadas 384.827.394 doses de vacinas contra a Covid-19, com 76.701.973 doses da Sinovac/Butantan, 117.590.861 da AstraZeneca/Fiocruz, 168.017.956 da Pfizer/Wyeth e 22.513.655 da Janssen. Após o início da imunização, foram notificados 200.863 casos da doença.

Foram registrados 155.599 ESAVIs (Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização) relacionados às vacinas Covid-19, e 46.147 relacionados a erros de imunização.

De acordo com a pesquisa do Ministério, os estados que apresentaram mais números de EVASI não grave foram Paraná e Santa Catarina. Na outra ponta, aparecem Roraima e Amapá. Entre os eventos graves, destaque para Espírito Santo e Distrito Federal com mais casos, e Roraima e Amapá permanecendo nas últimas posições.

Características populacionais

Observa-se que pessoas acima dos 80 anos possuem 30.000 incidências em relação aos óbitos, tendo esses sido imunizados pela Sinovac/Butantan; em seguida, a AstraZeneca/Fiocruz, com aproximadamente 15.000 casos nesta população.

Na categoria ESAVIs não graves, os jovens entre 12 e 17 anos foram os que mais apresentaram sintomas com a vacina da Janssen e da AstraZeneca. Da mesma forma, indivíduos do sexo masculino são apontados com o maior índice de incidências não graves.

Cabe destacar ainda que o documento aponta que a vacinação, no Brasil, evitou de 700 a 880 mil mortes até o final de 2021, ou seja, para cada óbito por ESAVI com relação causal consistente com a vacinação, entre 43.750 e 55.000 outros óbitos foram evitados pela vacinação.