APM e AMB encerram ações judiciais sobre eleições passadas

A Associação Médica Brasileira reconheceu oficialmente, com base no que constava nos autos, que não houve qualquer irregularidade no processo eleitoral da APM de 2017

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“Não há mais litígio entre a Associação Paulista de Medicina e a Associação Médica Brasileira”, comunicou o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, após o término das Assembleias Ordinária e Extraordinária de Delegados realizadas no dia 30 de abril, no auditório da entidade. De acordo com ele, “há poucos meses, nos vimos na feliz situação de poder encerrar esses processos”.

Conforme relembrou Amaral, o ambiente associativo enfrentou algumas dissonâncias muito críticas desde 2014. “Ouvimos manifestações absolutamente impensáveis dentro do contexto de amizade e honestidade que sempre prevaleceu nesta casa. Fomos vítimas de muitas agressões por parte do grupo que se entrincheirou na AMB, algumas de natureza judicial.”

A lisura das eleições realizadas pela APM em 2017 foi colocada sub judice e os votos dos médicos de São Paulo foram retirados da eleição da AMB. “Sempre quisemos acelerar o processo da investigação, mas não é possível descrever em poucos minutos a quantidade de manobras realizadas pelas pessoas que dirigiam a Associação Médica Brasileira à época para postergar a decisão. Tudo foi investigado e ficou claramente demonstrado que não houve nenhuma irregularidade nas eleições da Associação Paulista de Medicina”, complementou.

Com isso, quem deveria ter presidido a AMB na gestão passada (2017-2020) era Jurandir Marcondes Ribas Filho. “Por isso, sempre me referi a ele em todos estes anos como presidente eleito da Associação Médica Brasileira, e isso precisa ser bem registrado. Apresentamos-lhe o nosso respeito, estima e solidariedadeem função do fato de ele ter sofrido o dissabor de ser impedido de legitimamente assumir a AMB, e lá ter contribuído com as suas valiosas intenções e ações para a qualificação da nossa profissão”, declarou o presidente da APM.

César Eduardo Fernandes, presidente da AMB desde o início de janeiro de 2021, enfatizou que muitas coisas foram feitas na Associação ao longo deste período, como a criação de instâncias decisórias importantes, a exemplo da Comissão de Saúde Digital. “Algo que fizemos de muito importante foi encerrar os processos que existiam entre a AMB e a APM, esses descalabros que vinham da gestão passada, irresponsabilidades, com base em fake news.”

Fernandes acrescentou que a Associação Médica Brasileira reconheceu oficialmente, com base no que constava nos autos, que não houve qualquer irregularidade no processo eleitoral da APM, que aquelas acusações não faziam o menor sentido: “Embora o objeto da ação esteja perdido, o próprio juiz assim entendeu, temos que reconhecer o dano causado à chapa eleita, encabeçada pelo Jurandir Marcondes Ribas Filho. Ao encerrar a ação, fizemos clara a posição oficial da AMB de que não houve dolo algum naquele processo. Todos podem tratar o Jurandir como presidente eleito da Associação, e injustamente não empossado”.

Por fim, Jurandir Marcondes falou aos presentes, agradecendo a toda a Diretoria da Associação Paulista de Medicina. “A eleição da chapa encabeçada por mim em 2017 se deveu fundamentalmente à APM. Evidentemente a minha Federada, a Associação Médica do Paraná, foi muito importante, assim como outras seis Federadas, mas a essência, a mola propulsora, foi sempre esta casa, a quem eu devo tudo em relação àquele processo eleitoral.”

E acrescentou: “Não obstante as dificuldades enfrentadas, hoje nós vivemos um momento bastante interessante. Eu tenho a honra de estar na Diretoria atual da Nova AMB, presidida pelo Dr. César, que vem realizando um trabalho extraordinário. E a APM está contribuindo de uma forma muito significativa”.

Fotos: BBustos Fotografia