SP confirma primeira morte pela subvariante da covid-19

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou ontem a primeira morte no Estado causada pela nova subvariante BQ.1 da covid-19, associada à alta de casos da doença em outros países.

O que diz a mídia

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou ontem a primeira morte no Estado causada pela nova subvariante BQ.1 da covid-19, associada à alta de casos da doença em outros países.

A secretaria já havia confirmado dois casos na capital dessa nova versão da Ômicron pela manhã, mas não tinha divulgado o óbito.

Conforme o secretário, a vítima é uma mulher de 72 anos e que vivia acamada. “Era uma paciente que já tinha comorbidades.

Não temos o detalhamento neste momento da condição vacinal, mas a vigilância epidemiológica está analisando as informações”, afirmou ele à imprensa durante evento de inauguração do Instituto Perdizes, unidade do Hospital das Clínicas voltada para atendimento de dependentes químicos.

O secretário afirmou ainda que o Estado está analisando e fazendo sequenciamento genético de outros casos para verificar se a subvariante já infectou mais vítimas. Ele ressaltou a importância de todos completarem o esquema vacinal, especialmente neste momento de introdução dessa subvariante no País e da alta de casos.

“Tivemos muitos pacientes que deixaram de fazer a 4.ª dose e, dessa forma, não estão idealmente protegidos, principalmente em relação às novas variantes. Atualizar a sua condição vacinal é a melhor forma de proteção da covid e de suas variantes”, alertou Gorinchteyn, que é médico infectologista.

PELO PAÍS

A subvariante também já foi detectada em mais três Estados. Casos já foram registrados no Rio, no Rio Grande do Sul e no Amazonas por meio de sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Brasil tem visto alta de casos de covid-19 nas últimas semanas.

A nova onda da doença pelo mundo veio juntamente com duas novas subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a XBB, que já têm causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos. As subvariantes são mutações dos coronavírus. A BQ.1, por exemplo, é “descendente” da BA.5, que era uma das prevalentes em todo o mundo, com a BA.4 – todas subvariantes da Ômicron.

Alguns especialistas dizem que a transmissibilidade da BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes que já circularam no País. Não há, porém, evidências científicas que confirmem esse potencial maior de contágio.

VACINA

Diante da nova onda, países como a Itália, e parte das cidades brasileiras, já ampliam a indicação da 5.ª dose.

Médicos ouvidos pelo Estadão, porém, defendem aumentar as coberturas com a 3.ª e a 4.ª injeção, mas não veem necessidade de ampliar o público que toma a 5.ª – hoje restrita a imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados.

As coberturas para a 3.ª injeção de reforço no País são de 48,9% e, para a 4.ª, de 16,2%. A proporção de crianças imunizadas com ao menos uma dose também é considerada baixa: de apenas 52,5%, na faixa de três até onze anos. Outras recomendações dos especialistas, sobretudo para grupos mais vulneráveis, é usar máscaras em ambientes fechados e evitar contato em caso de sintomas gripais.

Há cidades que já ampliaram a 5.ª dose para públicos mais amplos, a exemplo de Limeira (SP), que oferece para todos com mais de 50 anos, e Tatuí (SP), que recomenda para todos os adultos. A Secretaria de Saúde do Estado informou que aplica, atualmente, a 5.ª injeção em imunossuprimidos com 18 anos ou mais e, também, na população em geral, com idade igual ou superior a 40 anos, que tenha iniciado vacinação com a Janssen.

Fonte: O Estado de S.Paulo