SP pode flexibilizar uso de máscara

O Estado de São Paulo pode anunciar na semana que vem o fim do uso obrigatório de máscaras ao ar livre. Segundo o governador João Doria (PSDB), a medida será avaliada na terça feira pelo comitê de especialistas que desde o início da pandemia de covid-19 auxilia o governo. O Estadão apurou que integrantes do governo e do grupo científico são a favor da liberação provavelmente após o dia 10, desde que os índices de internações e mortes continuem a cair – e não tenha havido aumento no carnaval.

O que diz a mídia

O Estado de São Paulo pode anunciar na semana que vem o fim do uso obrigatório de máscaras ao ar livre. Segundo o governador João Doria (PSDB), a medida será avaliada na terça feira pelo comitê de especialistas que desde o início da pandemia de covid-19 auxilia o governo. O Estadão apurou que integrantes do governo e do grupo científico são a favor da liberação provavelmente após o dia 10, desde que os índices de internações e mortes continuem a cair – e não tenha havido aumento no carnaval.

O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, destaca que o Estado apresenta queda de 62% nas internações nas enfermarias e de 52% nas internações nas unidades de terapia intensiva (UTIs).

Já a retirada das máscaras nas escolas enfrenta um impasse dentro do governo. O tema também será discutido na mesma reunião, com a possibilidade de flexibilização em momentos de recreio ou educação física, segundo fontes. A ideia é que a proteção seja retirada de maneira gradual nas instituições de ensino. A polêmica também divide famílias e especialistas. Um grupo preocupase com prejuízos ao desenvolvimento das crianças, nas relações sociais e na alfabetização.

E outros apontam o fato de os menores não estarem com o esquema vacinal completo e dizem que os índices de casos e mortes por covid-19 ainda são altos para deixar de usar máscaras.

Movimentos como o Escolas Abertas defendem, com base em pesquisas que falam do prejuízo ao desenvolvimento das crianças, que as escolas deixem de exigir a proteção das crianças. Na semana passada, o órgão federal dos Estados Unidos que controla doenças decidiu que as máscaras só precisam ser usadas em escolas de locais com alto risco de transmissão.
No Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também já retiraram a exigência.

O problema em São Paulo, segundo fontes, é uma normativa publicada pela Secretaria da Saúde mês passado que diz que as escolas podem ser fechadas em caso de surto de covid, configurado por apenas dois casos suspeitos ou confirmados.
O Estadão revelou que o secretário da Educação, Rossieli Soares, foi surpreendido com a nova norma e tem defendido publicamente que ela seja mudada.

Nesta quinta-feira, em coletiva com o governador, ele disse que a prioridade é não fechar escolas. Rossieli acredita que, se as máscaras forem retiradas, é preciso também flexibilizar a definição de surto, caso contrário as instituições podem acabar sendo fechadas muito facilmente.

Após a polêmica em torno da nova norma, a Secretaria da Saúde informou que as escolas não serão fechadas com dois casos e a Vigilância Sanitária analisaria cada situação. O movimento Escolas Abertas cobra, no entanto, que seja divulgada uma nova regra apenas para as escolas para que não haja possibilidade de interpretação errada. O Estadão apurou que um novo documento, complementar ao anterior, está sendo discutido e deve ser divulgado em breve.

ESTADOS

Ao menos cinco Estados já tornaram facultativo o protetor facial contra a covid19. Em dois Estados – Rio Grande do Sul e Santa Catarina – crianças de seis a doze anos estão liberadas do uso inclusive nas escolas. Santa Catarina, assim como Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio de Janeiro já não obrigam o protetor facial em ambientes abertos.

Fonte: O Estado de S.Paulo