Percentual subiu de 7% para 21% em uma semana. Com chegada à cidade de nova subvariante, Secretaria de Saúde apela para que cariocas completem o esquema vacinai porque 25% estão com pelo menos uma dose em atraso.
Abaixa procura pela primeira dose de reforço da vacina contra Covid-19 e o aumento no percentual de testes positivos para a doença, aliados à confirmação da chegada da subvariante Ómicron BQ.l à cidade, acenderam a luz de alerta na Secretaria municipal de Saúde (SMS). De acordo com dados do site Painel Rio Covid-19, mantido pela prefeitura do Rio, um a cada quatro moradores da capital acima de 18 anos ainda não tomou a dose de reforço. A taxa de testes positivos para a doença, que permaneceu por semanas na casa de 6% a 7%, saltou para 21% na semana passada. A média móvel divulgada dia 4 ficou em 218 casos.
—Já temos evidencias suficientes para dizer que essa nova variante não causa casos graves em pessoas completamente vacinadas. O problema é que temos 25% da população que não completou todas as doses da vacina. Então, nosso apelo neste momento é para que procurem um centro municipal de saúde ou clínica da família e tomem a dose de reforço — disse Daniel Soranz. secretário municipal de Saúde.
A conjunção de fatores se reflete no aumento do número de pessoas internadas com a doença, que passou de 23 no primeiro dia de novembro para 54 registrados ontem, de acordo com informação do secretário municipal de Saúde —o Painel Rio Covid-19 apresentava apenas 44 internações até o início da noite de ontem. Segundo Soranz, entre os internados, 92% não estão com a vacinação completa. O número ainda é baixo se comparado aos momentos mais dramáticos da pande- mia, mas inspira cuidados, diz ele.
Em publicação nas redes sociais, a SMS informa que a recomendação é para que todos aqueles que ai nda não tomaram a dose de reforço procurem uma unidade para concluir o esquema de imunização. O secretário da pasta reforçou ai nda o apelo para ue pessoas com sintomas da oença façam o teste.
— Temos testes disponíveis em todas as 286 unidades de saúde do município. É importante que quem estiver com dor de garganta, coriza ou outros sintomas faça o teste e também evite circular ou faça isso usando máscara de proteção para evitar contaminar outras pessoas —diz Soranz.
A vacinação para crianças de 3 e 4 anos segue suspensa na cidade do Rio desde o dia 26 de outubro. Ontem, a prefeitura de Niterói anunciou ue também não está fazen- o a aplicação da primeira dose nesta faixa etária. A jus- tificativadasduas prefeituras para a interrupção é o não recebimento de novas doses solicitadas junto ao governo federal. Em nota. o Ministério da Saúde informou apenas que “está em tratativas com o laboratório para aquisição de mais doses da vacina para o público de 3 a 4 anos”.
Acrescentou ainda que a compra do imunizante “leva em conta o ritmo de vacinação deste público e o avanço do número de doses aplicadas, que atualmente está em cerca de 40%.’’
CASO NA ZONA NORTE
A presença da subvariante BQ.l da Ômicron no Rio foi confirmada por meio de se- quenciamento genético feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Uma mulher de 35 anos, moradora do Zona Norte, seria a primeira pessoa comprovadamente infectada pela subvariante.
A BQ.l, que já havia sido identificada pela Fiocruz Amazônia no fim de outubro, gera preocupação porque tem mutações que a ajudam a escapar da resposta imunológica. Dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que ela já foi encontrada em 65 países.
A BQ.l também está associada a um recente aumento de casos de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa. França e Alemanha, por exemplo, enfrentaram uma nova onda de casos da doença a partir do início de setembro, mas já vivem uma queda de 60% e 54%, respectivamente, na média móvel de novos diagnósticos, em comparação com duas semanas atrás.
Fonte: O Globo
