Consultas com especialistas a qualquer hora, todos os dias da semana, e sem a necessidade de deslocamento até um consultório. Pode parecer simples, mas essas vantagens que a telemedicina oferece têm sido fundamentais para um melhor tratamento do diabetes. A doença afeta um em cada dez adultos em todo o mundo e, no Brasil, atinge mais de 16 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos.
Como o diabetes caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) e possui etiologias diversas, um acompanhamento mais próximo ajuda na mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida mais saudáveis, considerados passos fundamentais para o controle glicêmico.
Essas características ajudam a explicar porque nos últimos quatro meses os números de teleconsultas envolvendo endocrinologistas e nutricionistas quase dobraram, apresentando um aumento de 98% e 92%, respectivamente. Com base nesse cenário, fica fácil entender porque esses profissionais estão entre as cinco especialidades médicas mais procuradas para videoconsultas atualmente.
Para a nutricionista Fernanda Bezerra, a telemedicina vem apresentando bons resultados no combate a diabetes, sobretudo no controle de condições crônicas, porque ajuda na criação de vínculo e um melhor engajamento com o paciente para atingir as metas necessárias.
“A telemedicina, de certa forma, facilitou o acompanhamento do paciente diabético, na medida em que é possível a troca de informações e dúvidas com os profissionais de saúde para um bom controle de glicemia, sem que seja necessário o deslocamento para uma clínica ou hospital e/ou uma espera maior até conseguir uma próxima consulta”.
Esse acompanhamento frequente é importante porque a doença pode trazer uma série de graves problemas de saúde — como cegueira, insuficiência renal e até amputação — se não tratada adequadamente. “O tratamento da diabetes não se baseia somente em medicações, como é o caso de muitas outras doenças. É crucial que o paciente implemente mudanças no seu estilo de vida, que incluem dieta saudável e atividade física (mínimo de 150 minutos por semana) objetivando perda de 7% a 10% de peso”, destaca a endocrinologista Juliana Porto.
Para ela, esse acompanhamento nutricional com um profissional especializado, mesmo de forma online, é fundamental para um controle adequado da diabetes. “Tanto que, em alguns casos, conseguimos até mesmo suspender a medicação quando o paciente apresenta um bom engajamento na dieta e atividade física”, garante.
Nesse sentido, têm sido de grande utilidade as empresas de saúde digital, chamadas de healthtech. No caso da nutricionista Fernanda Bezerra e da endocrinologista Juliana Porto, o atendimento é feito pela DOC24, que desenvolve soluções personalizadas para cada etapa dos cuidados com os pacientes e conta com mais de 15 milhões de usuários na América Latina. (Da Redação, com informações de PR Newswire)
Fonte: Cruzeiro do Sul Online
