APM reforça a importância do aleitamento materno

Dedicada a conscientizar e promover o aleitamento materno, a campanha Agosto Dourado visa trazer visibilidade, incentivando e apoiando a prática da amamentação, destacando a importância do leite materno para a saúde e o desenvolvimento do bebê

Últimas notícias

O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Dourado, que tem o intuito de simbolizar e trazer mais visibilidade à luta pelo incentivo ao aleitamento materno. No Brasil, a campanha é lei desde 2017 e leva esse nome pois é considerado um alimento com selo de qualidade ouro, reforçando a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê.

A campanha surgiu em 1990, em conjunto com a Organização da Nações Unidas (ONU) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Nova Iorque. A ideia, inicialmente, era criar a Declaração de Innocenti, que possui relação com o tema, pois se trata de uma ação voltada ao alactamento. Surgiu então a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação, que abriga ONGs, pessoas e outras alianças, todas com o interesse em comum de proteger e garantir o direito de mães amamentarem os seus bebês.

Composição e benefícios

O leite materno é composto por substâncias como carboidratos, proteínas e nutrientes essenciais para o corpo do bebê se desenvolver de forma saudável. Ele é responsável por criar anticorpos que protegem o bebê de doenças que podem aparecer nos momentos iniciais da vida, sendo uma defesa natural por fortalecer o sistema imunológico.

Além de criar as primeiras defesas naturais e ser essencial para o desenvolvimento, há muitos outros benefícios, não só no leite materno, mas no ato de amamentar, já que também traz muitos proveitos para a mãe e o bebê.

No caso da mãe, ela consegue ter mais facilidade para recuperar seu peso, diminui os riscos de hemorragia pós-parto, consegue fortalecer o seu vínculo com o bebê, reduz chances de diabetes tipo 2, colesterol alto, hipertensão, além de decair as possibilidades de câncer de mama, ovário e endométrio.

Já sobre os benefícios que o bebê tem ao se alimentar com leite materno, estão o fortalecimento do sistema imunológico, prevenção à obesidade, proteção do coração contra problemas cardiovasculares, desenvolvimento do sistema nervoso, diminuição do risco de desenvolvimento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além da proteção contra problemas pulmonares e anemias.

Impasses

Algumas adversidades podem ocorrer durante a amamentação, como a dificuldade da criança para sugar, se o mamilo da mãe for plano ou invertido, sendo as duas situações as principais razões de surgirem fissuras e machucados, como também a demora para o leite descer ou “empedrar”, além da possibilidade de inflamações das mamas.

Não são apontados riscos envolvendo a amamentação da mãe e seu bebê, porém, há muitas questões envolvendo a amamentação cruzada, que pode ser a porta para transmissões de doenças, como o vírus do HIV, causador da AIDS, hepatites, HTLVs (vírus da mesma família do HIV), mononucleose (ou doença do beijo), citomegalovírus (da família do vírus herpes), entre outros.

Antigamente, quando algum empecilho surgia e uma mãe era impossibilitada de amamentar o seu bebê, era comum as crianças serem alimentadas pelas “amas de leite”, porém, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 1.016, de 26 de agosto de 1993, que proíbe equipes de Saúde a autorizarem que mães amamentem bebês que não são seus. Se, porventura, houver alguma questão com uma mãe que a impeça de lactar, deve-se buscar auxílio junto à rede de saúde para ser encaminhada aos Bancos de Leite Humano.

É normal surgirem situações que gerem desconforto ou impasses ao amamentar um recém-nascido, nesses momentos é interessante buscar auxílio de profissionais da Saúde quando algo dificultar ou colocar em risco o aleitamento materno. Algumas maternidades possuem programas internos sobre cuidados com o bebê, tanto no pré-natal, como depois do nascimento da criança, sanando dúvidas e ajudando com eventuais complicações.