Arboviroses: Brasil registra aumento de 182% nos casos de dengue em 2022

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até 29 de outubro (Semana Epidemiológica 43), foram registrados 1.374.019 casos prováveis de dengue, com taxa de transmissão de 644,1 casos por 100 mil habitantes.

Últimas notícias

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até 29 de outubro (Semana Epidemiológica 43), foram registrados 1.374.019 casos prováveis de dengue, com taxa de transmissão de 644,1 casos por 100 mil habitantes. Houve um aumento de 182% nos casos em comparação com o ano de 2021.

A região Centro-Oeste apresenta a maior taxa de incidência da doença, com 1.951,3 casos por 100 mil habitantes, seguida de Sul, Sudeste, Nordeste e Norte, com 1.034,1, 501,6, 415,4 e 235,3 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

Os municípios com mais registros de casos prováveis de dengue até a SE 43 foram: Brasília – DF, com 65.241 casos (2.108,4 casos por 100 mil habitantes); Goiânia – GO, com 54.059 casos (3.475,1 por 100 mil habitantes); Aparecida de Goiânia – GO, com 24.037 casos (3.993,9 casos por 100 mil habitantes); Joinville – SC, com 21.382 casos (3.535,9 casos por 100 mil habitantes); Araraquara – SP, com 21.042 casos (8.747,7 por 100 mil habitantes); e São José do Rio Preto – SP, com 19.132 casos (4.077,8 por 100 mil habitantes).

Até a SE 43, foram confirmados 1.376 casos de dengue grave (DG) e 17.082 casos de dengue com sinais de alarme (DAS). O boletim afirma ainda que 628 casos de DB e DSA permanecem em investigação.

Além disso, foram confirmados 945 óbitos por dengue, sendo 817 por critério laboratorial e 128 por critério epidemiológico. São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os estados com mais óbitos, 273, 140, 107, 88 e 66 óbitos, respectivamente. Permanecem em investigação outros 123 óbitos.

Chikungunya e zika

Ainda segundo o boletim, foram registrados 169.646 casos prováveis de Chikungunya no Brasil (taxa de incidência de 79,5 casos por 100 mil habitantes). Em comparação com o ano de 2021, houve um aumento de 84% dos registros. A região Nordeste apresenta a maior incidência de casos: 256 para cada 100 mil habitantes. Na sequência, vêm o Centro-Oeste e o Norte, com 35,1 e 25,8 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

Os municípios com mais casos prováveis de chikungunya até a SE 43 foram: Fortaleza – CE, com 20.675 casos (764,8 casos por 100 mil habitantes); Maceió – AL, com 5.440 casos (527,3 casos por 100 mil habitantes); Brejo Santo – CE, com 3.646 casos (7.263,7 casos por 100 mil habitantes); Crato – CE, com 3.394 casos (2.534,5 casos por 100 mil habitantes); Salgueiro – PE, com 3.038 casos (4.934,9 casos por 100 mil habitantes); João Pessoa – PB, com 2.877 casos (348,4 casos por 100 mil habitantes); e Juazeiro do Norte – BA, com 2.759 casos (991,5 casos por 100 mil habitantes).

No período, foram confirmados 82 óbitos em decorrência da Chikungunya no Brasil. Desses, 38 (46,3%) aconteceram no estado do Ceará. Existem, ainda, 21 óbitos em investigação.

Com relação aos dados de zika, até a SE 41 (finalizada em 15 de outubro), ocorreram 9.882 casos prováveis da doença no País, com uma taxa de incidência de 4,6 casos por 100 mil habitantes. Em comparação a 2021, houve um aumento de 66,6% no número de casos.

Foram registrados 1.266 casos prováveis de zika em gestantes, dos quais 340 foram confirmados. Os estados da Bahia (75), Rio Grande do Norte (73), Alagoas (57) e Paraíba (56) representam a maioria desses casos (76,8%). Não foram notificados óbitos por zika no Brasil.