A Secretaria de Vigilância da Saúde – órgão do Ministério da Saúde – divulgou a última edição do Boletim Epidemiológico de 2022, com informações referentes à 52ª Semana Epidemiológica, período de 2 de janeiro de 2022 a 02 de janeiro de 2023. De acordo com os dados da análise, houve 1.450.270 de casos prováveis de dengue no País, com taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes, um aumento de 162,5% quando comparado com o mesmo período de 2021.
O Centro-Oeste encerrou o ano sendo a região que apresentou a maior taxa de incidência de dengue, totalizando 2.086,9 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Sul, com 1.050,5 casos/100 mil habitantes; Sudeste, 36,6 casos/100 mil habitantes; Nordeste, 431,5 casos/100 mil habitantes; e, por fim, o Norte, com 277,2 casos/100 mil habitantes.
Dentre os municípios brasileiros que registraram mais casos prováveis de dengue, destaque para Brasília – DF, com 70.672 casos (2.282,9/100 mil habitantes); Goiânia e Aparecida de Goiânia, ambas em Goiás, com 56.503 casos (3.632,1/100 mil habitantes) e 27.810 casos (4.620,8/100 mil habitantes), respectivamente; Joinville – SC, 21.353 casos (3.531,1/100 mil habitantes); e Araraquara e São José do Rio Preto, ambos no estado de São Paulo, totalizando 21.070 (8.759,3/100 mil habitantes) e 20.386 casos (4.345,0/100 mil habitantes), nesta ordem.
No decorrer do ano, 1.473 casos de dengue grave foram registrados no País, além de 18.145 casos com sinais de alarme. Neste cenário, ainda seguem em investigação outros 630 casos.
Em relação aos óbitos, ocorreram 1.016 mortes por dengue em 2022, 872 delas detectadas por critério laboratorial e 144 por critério clínico-epidemiológico, enquanto outras 109 estão sendo investigadas. Os estados com mais óbitos são São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Chikungunya
Até a 52ª Semana Epidemiológica do ano passado, houve o registro de 174.517 casos prováveis da arbovirose, com uma taxa de incidência de 81,8 casos a cada 100 mil habitantes ao redor do Brasil. Realizando um comparativo em relação ao ano de 2021, houve um aumento de 78,9%.
O Nordeste foi a região que apresentou as maiores incidências de Chikungunya em 2022, apresentando 257,4 casos a cada 100 habitantes. Em seguida, está o Centro-Oeste (36,6 casos/100 mil habitantes) e o Norte (26,4 casos/100 mil habitantes).
Os municípios com mais identificações de casos prováveis da enfermidade até o período foram Fortaleza – CE, com 20.453 casos (756,5/100 mil habitantes); Maceió – AL, 5.984 casos (580/100 mil habitantes); Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, todos no Ceará, registrando 3.663 casos (7.297,5/100 mil habitantes), 3.384 casos (2.527/100 mil habitantes) e 3.063 casos (1.100,8/100 mil habitantes), respectivamente; Teresina – PI, 2.979 casos (342/100 habitantes); e João Pessoa – PB, totalizando 2.952 casos (357,5/100 mil habitantes).
Noventa e quatro óbitos ocasionados por Chikungunya foram registrados no País, de modo que o estado do Ceará possui a maior concentração no número de mortes, 41,5% delas, ou seja, 39. É válido salientar que outros 15 óbitos permanecem sendo investigados.
Zika Vírus
As informações apresentadas pelo Boletim em relação ao Zika Vírus, por sua vez, correspondem ao período de análise até a 48ª Semana Epidemiológica, de 2 de janeiro a 3 de dezembro de 2022. Foram registrados 9.204 casos prováveis da arbovirose no Brasil, com taxa de incidência equivalente a 4,3 casos a cada 100 mil habitantes e representando um aumento de 42% no número de casos, quando comparado com o mesmo período de 2021.
O Nordeste foi a região com a maior incidência de casos prováveis de Zika em 2022, 13,3 casos/100 mil habitantes, seguido pelo Norte (3,3 casos/100 mil habitantes) e Centro-Oeste (1,7 casos/100 mil habitantes).
Dos municípios com registros de Zika até a semana indicada, os que apresentaram as maiores taxas foram Parnamirim, 300 casos (110,1/100 mil habitantes); Macaíba, 278 casos (335,6/100 mil habitantes); Natal, 278 casos (31/100 mil habitantes); e Extremoz, 272 casos (928,9/100 mil habitantes) – os quatro no Rio Grande do Norte; Macajuba – BA, 234 casos (2.067,5/100 mil habitantes); Baía Formosa – RN, 219 casos (2.336,5/100 mil habitantes); e União dos Palmares – AL, totalizando 206 casos (312,3/100 mil habitantes).
Em relação aos óbitos ocasionados pela arbovirose, houve o registro de apenas um, ocorrido em Goiás.
Até o período avaliado pelo documento, 591 casos prováveis de Zika Vírus em gestantes foram registrados. Os estados com os maiores números são Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Alagoas, e Pernambuco, uma concentração de 68,9% do total de casos.