Brasil já registra mais de 540 mil casos prováveis de dengue este ano

Um aumento de 113,7% nos casos prováveis de dengue até 23 de abril, em comparação ao mesmo período de 2021, foi registrado no País. Já são 542.038 notificações este ano, com taxa de incidência de 254,1 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

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Um aumento de 113,7% nos casos prováveis de dengue até 23 de abril, em comparação ao mesmo período de 2021, foi registrado no País. Já são 542.038 notificações este ano, com taxa de incidência de 254,1 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

O Centro-Oeste segue como a região mais afetada pela doença, com 920,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão as regiões Sul (427,2 casos), Sudeste (188,3 casos), Norte (154 casos) e Nordeste (105 casos).

Apresentaram os maiores índices de casos prováveis de dengue os municípios de Goiânia/GO, com 31.189 casos, Brasília/DF (29.928 casos), Palmas/TO (9.080 casos), São José do Rio Preto/SP (7.466 casos) e Votuporanga/SP (6.836 casos).

No período analisado, 378 casos de dengue grave (DG) foram confirmados, e outros 4.741 com sinais de alarme (DSA). Permanecem sendo investigados 368 casos de DG e DSA.

Em relação aos óbitos, até o momento, 160 foram confirmados, dos quais 147 por critério laboratorial e outros 13 por critério clínico-epidemiológico. Seguem como os locais com os maiores números de óbitos o estado de São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16). Permanecem em investigação outros 228 óbitos.

Outras arboviroses

Foram notificados 47.281 casos prováveis de chikungunya no período analisado, com taxa de incidência de 22,2 casos por 100 mil habitantes. Os dados correspondem a um aumento de 40% em relação ao ano de 2021.

Apresenta a maior incidência de casos a região Nordeste, registrando 65,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguida do Centro-Oeste (15,6 casos/100 mil hab.) e Norte (8,4 casos/100 mil hab.). Entre os municípios, destaque para Juazeiro do Norte/CE (3.539 casos), Crato/CE (2.068 casos), Salgueiro/PE, (1.883 casos), Brumado/BA (1.744 casos) e Fortaleza/CE (1.563 casos).

Até o momento, foram confirmados 8 óbitos para chikungunya, registrados nos estados do Ceará (6), Maranhão (1) e Mato Grosso do Sul (1). Outros 12 ainda permanecem sendo investigados.

Já sobre os casos de Zika, foram notificados 2.118 até o dia 9 de abril, com taxa de incidência de 0,99 caso por 100 mil habitantes no País. Os números apresentam aumento de 53,9% em comparação ao ano anterior. Até o momento, não foram notificados óbitos pela doença.

Em relação à febre amarela (FA), foram notificados 485 casos humanos entre julho de 2021 e 16 de abril de 2022, com 4 confirmados no Pará (Afuá e Oeiras do Pará) e em Tocantins (São Salvador do Tocantins). Os casos ocorreram em pessoas do sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 29 anos, não vacinados ou com histórico vacinal ignorado, e registro de exposição em áreas silvestres e de mata.

Diante do cenário, o Ministério recomenda a intensificação da vigilância nas áreas com transmissão para identificar novos casos suspeitos, incluindo os humanos, e a vacinação de indivíduos não vacinados.