Brasil registra aumento de 168% nos casos de Dengue

A divulgação do mais recente Boletim Epidemiológico elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, associada ao Ministério da Saúde, aponta que até a 49ª Semana Epidemiológica houve o registro de 1.406.022 casos prováveis de dengue no Brasil

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A divulgação do mais recente Boletim Epidemiológico elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, associada ao Ministério da Saúde, aponta que até a 49ª Semana Epidemiológica houve o registro de 1.406.022 casos prováveis de dengue no Brasil, um aumento de 168% no número de casos quando comparado com o mesmo período de 2021. Os dados coletados a respeito da dengue e da Chikugunya correspondem ao período de análise referente ao dia 02 de janeiro a 10 de dezembro de 2022.

Assim como nos últimos boletins divulgados, o Centro-Oeste permanece sendo a região com a maior taxa de incidência de dengue em todo o País, totalizando 2.005,4 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está a região Sul, com 1.045,4 casos/100 mil habitantes; Sudeste, apresentando 514,3 casos/100 mil habitantes; Nordeste, registrando 422,3 casos/100 mil habitantes; e o Norte, acumulando 257,3 casos/100 habitantes.

Diante deste contexto, os municípios que tiveram as maiores documentações de casos prováveis até o presente momento se dividem entre: Brasília – DF, 67.895 casos (2.194,2/100 mil habitantes); Goiânia e Aparecida de Goiânia, ambas em Goiás, apresentando 53.657 casos (3.449,2/100 mil habitantes) e 25.416 casos (4.223/100 mil habitantes), respectivamente; Joinville – SC,  21.420 casos (3.542,2/100 mil habitantes); Araraquara e São José dos Campos, ambos municípios de São Paulo, que totalizaram, respectivamente, 21.031 casos (8.743,2/100 mil habitantes) e 19.887 casos (4.238,7/100 mil habitantes).

Até o momento de divulgação do Boletim, 1.420 casos de dengue grave haviam sido confirmados, ao passo que 17.622 casos de dengue com sinais de alarme também tiveram a sua confirmação. É importante salientar que, neste cenário, outros 634 casos seguem em investigação.

Os apontamentos relacionados aos óbitos demonstram que 980 mortes por dengue foram confirmadas no decorrer de 2022, 844 delas por critério laboratorial e 136 por critério clínico epidemiológico. Os estados com os maiores números de óbitos ocasionados pela arbovirose são São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outras 94 mortes estão sendo investigadas.

Chikungunya

Em relação às informações coletadas sobre os casos de Chikungunya, o Boletim destaca que até a 49ª Semana Epidemiológica de 2022, houve a ocorrência de 170.716 casos prováveis da enfermidade no País, com uma taxa de incidência de 80 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 78% dos casos ao comparar com a mesma semana de 2021.

O Nordeste foi a região com a maior incidência da arbovirose, totalizando 256 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Centro-Oeste, com 36,2 casos/100 mil habitantes, e o Norte, com 26,2 casos a cada 100 mil habitantes.

Os municípios com os maiores índices de Chikungunya registrados foram Fortaleza – CE, possuindo 20.523 casos (759,2/100 mil habitantes); Maceió – AL, apresentando 5.785 casos (560,8/100 mil habitantes); Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, todos no Ceará, totalizando 3.664 casos (7.299,5/100 mil habitantes), 3.394 casos (2.534,5/100 mil habitantes) e 2.972 casos (1.068,1/100 mil habitantes), respectivamente; João Pessoa – PB, apresentando 2.931 casos (354,9/100 mil habitantes); e, por fim, Salgueiro – PE, com 2.792 casos (4.535,3/100 mil habitantes).

Até o momento da divulgação do Boletim Epidemiológico, houve a confirmação de 90 óbitos ocasionados por Chikungunya no Brasil, de modo que o estado do Ceará concentra o maior número de mortes, totalizando 43,3% delas, ou seja, 39 do total. Outros 20 óbitos seguem em investigação.

Zika Vírus

Os dados apresentados em relação ao Zika Vírus correspondem ao levantamento feito até a 46ª Semana Epidemiológica, período referente a 02 de janeiro até 19 de novembro de 2022. De acordo com as informações do Boletim, foram calculados 9.256 casos prováveis de Zika no Brasil até então, com uma taxa de incidência de 4,3 casos a cada 100 mil habitantes – representando um aumento de 47,1% no número de casos quando comparado com o mesmo período de 2021.

A maior incidência da arbovirose foi registrada pelo Nordeste, que teve 13,6 casos a cada 100 mil habitantes, seguido pelo Norte (3,2 casos/100 mil habitantes) e Centro-Oeste (1,7 casos/100 mil habitantes).

Dos municípios que tiveram os maiores registros de Zika no País, estão União dos Palmares – AL, com 377 casos (571,5/100 mil habitantes); Parnamirim – RN, 289 casos (106,1/100 mil habitantes); Macaíba – RN, 278 casos (335,6/100 mil habitantes); Natal – RN, 259 casos (28,9/100 mil habitantes); Extremoz – RN, 246 casos (840,1/100 mil habitantes); Macajuba – BA, 233 casos (2.058,7/100 mil habitantes); e Baía Formosa – RN com 208 casos (2.219,1/100 mil habitantes).

A análise aponta que durante o período foram registrados 575 casos prováveis de Zika em gestantes, de modo que os estados que mais apresentaram esta situação foram Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Alagoas – que concentra 69,6% do total do número de casos. Ao todo, 157 casos foram confirmados e houve apenas um óbito confirmado em todo o País, registrado no estado de Goiás.

Febre amarela Até julho de 2022, foram notificados 123 casos humanos com suspeita de febre amarela no País. A transmissão do vírus entre primatas não humanos esteve presente apenas no estado do Paraná, aumentando os ricos de transmissão entre populações humanas da região durante o período sazonal – correspondente a dezembro e maio. Todavia, até o presente momento não houve confirmação de nenhum caso de febre amarela no Brasil.