Brasil registrou mais de 700 óbitos por febre maculosa entre 2011 e 2021

Atualizando as informações sobre o impacto da Covid-19 em casos de febre maculosa (FM), o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde aponta que entre os anos de 2011 a 2021, houve registro de 30.891 casos suspeitos da doença infecciosa - transmitida pela picada de um carrapato - no País.

Últimas notícias

Atualizando as informações sobre o impacto da Covid-19 em casos de febre maculosa (FM), o mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde aponta que entre os anos de 2011 a 2021, houve registro de 30.891 casos suspeitos da doença infecciosa – transmitida pela picada de um carrapato – no País.

Os principais sintomas da febre maculosa são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos, sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas. Em alguns casos, os pacientes podem apresentar erupções, na maioria das vezes com pele escura ou crosta no local da picada do carrapato.

Do número total de notificações, 6,7% (2.044) foram confirmados, dos quais 35,1% (717) evoluíram para óbito, apresentando letalidade média de 35,7% durante os anos analisados. A pasta evidencia que, de maneira geral, entre 2011 e 2019, ocorreu gradativo aumento no número de casos suspeitos da doença. Porém, os registros diminuíram no ano de 2019, indo de 4.782 para 1.701 em 2020, e com aumento significativo em 2021 (2.378).

Análise demográfica

Referente à distribuição de notificações por regiões do País, ressalta-se que o Sudeste apresentou queda, com 2.594 casos entre 2011 e 2019; já no ano de 2020, a região notificou 1.375 casos. No Sul, a média durante o período ficou em 189 casos, com um total de 244 notificações em 2020. A pasta destaca que Santa Catarina manteve o número de registros para o período de análise.

Sobre o critério de confirmação de casos, notou-se predomínio de confirmação laboratorial durante todo o período. Em relação à sazonalidade, até o fim da Semana Epidemiológica SE 21, o padrão de número de casos se manteve similar todos os anos, e a partir da SE 31, período em que se inicia o aumento de notificações de FM, 2020 se manteve abaixo dos anos anteriores.

Os possíveis locais de transmissão oscilaram a cada ano, com destaque para zona urbana e rural (2020), e “sem registro” no ano de 2021. Vale ressaltar que a Febre Maculosa não foi relacionada ao trabalho para a maior parte dos casos durante o monitoramento.

Diante dos dados apresentados, o boletim salienta que a pandemia de Covid-19 causou e vem causando alterações na área da Saúde, inclusive nas vigilâncias de diversas doenças, entre elas a febre maculosa. Ainda no ano de 2020, observou-se significativa queda nos registros de casos de doenças, dados que sugerem uma possível limitação no número de profissionais para a realização das atividades, o que resultou em interferências no monitoramento.