Casos de Covid-19 em comunidades quilombolas são destacados pelo Ministério da Saúde

Segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até o dia 2 de julho - Semana Epidemiológica SE 26 - houve notificação de 62.809.828 casos suspeitos de Covid-19 no Brasil, tendo 19.438.496 confirmados (30,9%).

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Segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até o dia 2 de julho – Semana Epidemiológica SE 26 – houve notificação de 62.809.828 casos suspeitos de Covid-19 no Brasil, tendo 19.438.496 confirmados (30,9%).

Durante a análise, identificou-se que 263.664 (0,4%) dos indivíduos se declararam como membros de comunidades tradicionais – sendo as maiores incidências em povos indígenas (109.788), quilombolas (11.504), ribeirinhos (6.360) e caiçaras (5.751). Grupos considerados “outros” notificaram 110.547 registros.

Em relação à confirmação de casos, povos indígenas somaram 23.147, seguidos dos quilombolas (3.623), caiçaras (2.328) e ribeirinhos (2.177). Além disso, outros 2% e 2,2% eram pertencentes às comunidades cerrado e assentada, respectivamente.

Detalhes dos casos

Sobre a prevalência de casos confirmados por região, o maior índice se deu no Nordeste, com 47,1% (5.419) registros. Já a região Sul registrou o menor percentual da doença em populações quilombolas, notificando 800 casos e 288 confirmações.

O estado da Bahia teve 2.718 casos notificados e 593 confirmações. Em seguida, está Minas Gerais (2.077) e Goiás (922). A incidência mais alta de confirmações x registros se deu nos estados do Amazonas (72,7%), onde foram registrados 11 casos para 8 confirmações, e de Sergipe (62,3%), em que houve 53 notificações e 33 casos comprovados de Covid-19.

O boletim destaca que para os indivíduos que se declararam membros de comunidades tradicionais, a maioria dos casos se deu em pessoas do sexo feminino, para notificados (55,5%) e confirmados (55,4%). O sexo feminino também foi o mais acometido em relação às populações quilombolas, em que houve percentual de 57,9% para casos notificados e 57,8% para os confirmados.

Em relação à faixa etária, crianças e adolescentes apresentam exponencial incidência de registros em povos quilombolas: 2.759 notificações, sendo 44,4% do sexo masculino e 55,6% do sexo feminino, os quais representam 24% do total (11.504). Em contrapartida, houve baixa confirmação e número de notificações para a população idosa acima de 70 anos.

Sobre os casos graves e óbitos pela doença, do ano de 2020 até 6 de agosto de 2022, ocorreram 6.235 hospitalizações e 1.551 óbitos pela doença em populações quilombolas – sendo 128 (69,6%) por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por coronavírus, 41 por SRAG não especificado e 13 (7,1%) ainda sendo investigados.

As Unidades Federativas que apresentaram o maior número de casos de pacientes com SRAG que foram hospitalizados em 2022 foram Bahia (8), Pará (4) e Maranhão (3). Em relação aos óbitos, os maiores registros ocorreram na Bahia (2), Pará (1), Maranhão (1) e São Paulo (1).