Centro-Oeste é a região com a maior taxa de incidência de dengue no Brasil em 2022

Até o período analisado, bem como nas edições anteriores, o Centro-Oeste segue sendo a região com a maior taxa de incidência de casos de dengue, totalizando 1.944,8 para cada 100 mil habitantes

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O número de casos prováveis de dengue no Brasil já ultrapassa a marca de 1.371.181. A informação é do mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, analisando os dados obtidos até a 42ª Semana Epidemiológica (correspondente a 22/10/2022) – que indicam taxa de incidência de 642,8 casos a cada 100 mil habitantes. Comparando com o mesmo período de 2021, observa-se aumento de 183,1% no número de casos.

Até o período analisado, bem como nas edições anteriores, o Centro-Oeste segue sendo a região com a maior taxa de incidência de casos de dengue, totalizando 1.944,8 para cada 100 mil habitantes. Em seguida, encontram-se o Sul, com 1.031,9 casos/100 mil habitantes; Sudeste, apresentando 500,3 casos/100 mil habitantes; Nordeste, totalizando 416,0 casos/100 mil habitantes; e, por fim, o Norte, com 233,6 casos para cada 100 mil habitantes.

De acordo com as informações da pasta, os municípios com mais registros de casos prováveis de dengue, até o momento, são Brasília – DF, 65.035 casos (2.101,8 casos/100 mil habitantes); Goiânia – GO, 53.687 casos (3.451,2/100 mil habitantes); Aparecida de Goiânia – GO, 24.143 casos (4.011,5/100 mil habitantes); Joinville – SC, 21.339 casos (3.528,8/100 mil habitantes); Araraquara – SP, 21.034 casos (8.774,4/100 mil habitantes); e Anápolis – GO, 18.996 casos (4.790,6/100 mil habitantes).

No período, 1.368 casos de dengue grave foram confirmados, ao passo que também houve a confirmação de 17.027 casos de dengue com sinais de alarme. Neste contexto, é fundamental salientar que outros 646 casos de ambas as categorias ainda estão em investigação.

Em relação aos óbitos, no total foram 936 confirmados. Destes, 808 foram por critério laboratorial e 128 por critério clínico-epidemiológico. Conforme a análise, os estados que apresentaram mais óbitos foram São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outras 125 mortes permanecem em investigação.

Chikungunya

O Boletim também traz informações referentes ao Chikungunya, indicando que até o período de investigação o País registrou 169.376 casos prováveis da arbovirose, com uma taxa de incidência de 79,4 casos a cada 100 mil habitantes – representando um aumento de 84,8% nos casos, quando comparado com o mesmo período de 2021.

Este ano, o Nordeste foi a região que apresentou a maior incidência da infecção, sendo 255,6 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Centro-Oeste, com 35,2 casos/100 mil habitantes, e o Norte, com 25,6 casos para cada 100 habitantes.

Os municípios que apresentaram as maiores taxas de casos prováveis de Chikungunya até o momento são Fortaleza – CE, 20.681 casos (765,0/100 mil habitantes); Maceió – AL, 5.259 casos (509,8/100 mil habitantes); Brejo Santo – CE, 3.645 casos (7.261,7/100 mil habitantes); Crato – CE, 3.393 casos (2.533,7/100 mil habitantes), Salgueiro – PE, 3.037casos (4.933,3/100 mil habitantes); Juazeiro do Norte – CE, 2.898 casos (1.041,5 /100 mil habitantes); e, por fim, João Pessoa – PB, 2.875 casos (348,1/100 mil habitantes).

Os óbitos confirmados por Chikungunya no Brasil até o momento totalizam 82, sendo que o estado do Ceará concentra a maior parte deles, 46,3%, ou seja, 38 mortes. Outros 19 óbitos seguem em investigação no País.

Zika Vírus

As informações coletadas em relação ao Zika Vírus são referentes à 41ª Semana Epidemiológica (até 17 de outubro de 2022). Elas apontam que foram notificados 9.882 casos prováveis da enfermidade, o que corresponde à taxa de incidência de 4,6 casos a cada 100 mil habitantes – aumento de 66,6% quando comparado com o ano de 2021.

Dos casos prováveis de Zika Vírus, 1.266 deles foram registrados em gestantes, sendo que destes, 340 foram confirmados. Os estados com maior incidência de Zika em grávidas são Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba, representando 76,8% do total de casos no Brasil. Até a data de liberação do Boletim, nenhum óbito ocasionado pela infecção havia sido registrado.

O documento também apresenta dados referentes à Febre Amarela, indicando que foram notificados 123 casos humanos suspeitos, de modo que nenhum deles foi confirmado.