Na última quarta-feira, 3 de julho, o diretor de Comunicações da Associação Paulista de Medicina, Marcos Cabello dos Santos, participou de uma entrevista no programa Cidade 360º para falar sobre cuidados paliativos, junto de José Roberto Ortega Júnior, especialista em Clínica Médica e Hematologia.
Na dinâmica, José Roberto explicou que os cuidados paliativos são práticas que têm por objetivo proporcionar bem-estar para os pacientes que sofrem com doenças graves e passam por tratamentos intensos, sejam essas pessoas jovens ou idosas. “Eles vão em direção ao conforto do paciente”, ressaltou.
O médico também explicou que “cabe aos especialistas em determinadas áreas o controle e o cuidado da doença, enquanto o médico paliativista controla os sintomas e amplia os cuidados”. Porém, os especialistas na área devem ir além do paciente e oferecer cuidados também aos familiares e amigos.
Marcos Cabello, por sua vez, enfatizou que as práticas paliativas não representam apenas o final da vida. O paciente tem que ser acolhido em toda a sua dimensão”. Ele reforçou ainda o argumento de Ortega em relação à atenção com as famílias.
Audiência pública
No programa, os médicos discutiram também sobre uma audiência pública, realizada na última sexta-feira, 28 de junho, pela Câmara Municipal de Bauru a fim de debater a criação da Política Municipal de Cuidados Paliativos no Município de Bauru. O projeto foi idealizado pelo vereador José Roberto Segalla (União Brasil).
José Roberto Ortega Júnior explicou que, em maio, foi estabelecida uma Política Nacional de cuidados paliativos pelo Governo Federal, que destina uma verba de aproximadamente 890 milhões para a área. Segundo ele, o ideal seria que cada município do País criasse equipe com o intuito de colocar o plano em prática. “Seriam até 64 mil reais por mês para os municípios gerenciarem e instalarem essas equipes. Já tem programação e verba destinada”, pontuou.
De acordo com Cabello, a audiência foi de extrema importância, pois contou com a presença do Poder Público e de representantes de classes que dialogam com o tema. O diretor da APM foi um dos palestrantes e, na ocasião, reforçou que são atitudes como aquela que contribuem para a melhoria na qualidade de vida dos pacientes e de todos os profissionais que constituem a assistência, como médicos, enfermeiros, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros.
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