Experiências internacionais na Saúde Digital marcam o Warm Up do GS APM

O último Warm Up antes da 5ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health APM ocorreu no dia 26 de outubro, de forma virtual. Promovido pela Associação Paulista de Medicina, o evento de aquecimento teve como tema “Experiências Internacionais em Saúde Digital” e foi mediado pelo presidente do GS APM, Jefferson Fernandes, que agradeceu a participação de todos

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O último Warm Up antes da 5ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health APM ocorreu no dia 26 de outubro, de forma virtual. Promovido pela Associação Paulista de Medicina, o evento de aquecimento teve como tema “Experiências Internacionais em Saúde Digital” e foi mediado pelo presidente do GS APM, Jefferson Fernandes, que agradeceu a participação de todos.

Na ocasião, palestrantes internacionais renomados compartilharam conhecimentos e visões sobre a Saúde Digital em seus países. Entre os especialistas, participaram a chefe do Departamento do Instituto de Fisiologia e Patologia de Audição da Polônia, Natália Czajka; o professor visitante do Instituto de Tecnologia da Índia (IIT), Krishnan Ganapathy; o professor e chefe de Saúde Digital do Instituto de Tecnologia de Deggendorf, na Alemanha, Georgi Chaltikyan; e a defensora de Enfermagem, da Telessaúde e das Mulheres na Saúde Digital nos EUA, Claudia Bartz.

Possibilidades Telemédicas e Transformação Digital

Natália Czajka explicou sobre as possibilidades telemédicas em diferentes desordens da audição. Segundo ela, quando se fala em audição, é comum se referir ao desenvolvimento que ocorre na infância. “Já sobre as desordens auditivas, elas podem ocorrer em diferentes momentos da vida e são responsáveis pelo processamento central. Cerca de 2% a 5% das pessoas em idade escolar têm dificuldades com outras desordens e o problema pode ser sério dependendo do caso”.

A médica citou três abordagens para o tratamento de pacientes com este tipo de disfunção auditiva: treinamento auditivo, transformação do ambiente e estratégias para compensar as dificuldades.

“Existem vários mecanismos terapêuticos, a exemplo da Terapia SPPS, que colaboram com a melhora significativa das funções auditivas e com alta eficácia. São vários estágios, iniciando com diagnóstico, atualização de dados, programação e configuração. A terapia pode ser presencial ou remota, e o usuário precisará de um dispositivo com acesso à Internet”, complementou.

Krishnan Ganapathy falou sobre a Transformação Digital na Saúde na Índia. De acordo com ele, um bilhão de usuários têm smartphones no país. Nos últimos anos, foram investidos US$ 100 milhões para apoiar projetos digitais. “O país inteiro se tornou digital e entendemos que precisamos trabalhar na Índia e trabalhar a Índia para o mundo”, destacou.

Para ele, a transformação digital não é apenas uma função da tecnologia e, sim, uma mudança de comportamento por conta dos benefícios do usuário final. “A maioria do público indiano está aceitando toda esta mudança tecnológica. A Índia está se preparando para a revolução 6G e será líder em breve. Uma solução para a Índia é uma solução para o mundo. Hoje, quero chamar a Índia de economia emergente e não mais como país de terceiro mundo”, pontuou.

Jefferson Fernandes reforçou a importância de pensar nesta transformação digital nos países em desenvolvimento e altamente populosos. “Vemos muitas oportunidades e parabéns pela apresentação e por sua história. Muito feliz de ver tudo o que conquistou.”

Construção da força de trabalho e Pesquisa na Saúde Digital

De acordo com Georgi Chaltikyan, estamos diante de uma transformação revolucionária e será impossível passar por ela sem a competência necessária – não só em relação à força de trabalho, embora ela seja componente vital para o ecossistema digital de Saúde. “Isso é uma parte da mudança que vai acontecer. Fornecemos muitos dados e usaremos a inteligência artificial para ajudar nisso, porque as pessoas não conseguirão mais fazer a análise de todas as informações. Recebemos vários relatórios sociais e comportamentais”, revelou.

Chaltikyan continuou dizendo que toda esta transformação faz parte de uma mudança cultural e necessitará do apoio e comprometimento da liderança. “Os países que aderirem enfrentarão desafios. Temos muitas pesquisas baseadas em vários stakeholders de Saúde e será uma honra compartilhar nosso conhecimento com outras instituições. O Global Summit APM nos dá esta oportunidade para ouvir outros especialistas.”

Por fim, Claudia Bartz palestrou sobre como planejar uma pesquisa digital com uma divulgação bem-sucedida. Explicou que, antes de iniciar, é fundamental articular a ideia com clareza, uma vez que este é o ponto crucial. “É extremamente necessário saber o propósito da pesquisa, conhecer as regras de cada país para aplicá-la e, com isso, garantir a qualidade do estudo.”

Abordou, ainda, os aspectos metodológicos para que a disseminação dos resultados – que se aplica a várias áreas do conhecimento, incluindo a Saúde Digital, – ocorra de forma efetiva.

A 5ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health APM será realizado de 20 a 22 de novembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Inscreva-se em globalsummit.org.br.

Fotos: Reprodução Warm Up