Nova live do CQH foca em metas nas organizações de Saúde

Na última quinta-feira (17), o professor e especialista em Administração Empresarial Orlando Pavani participou de mais uma live do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – da Associação Paulista de Medicina (APM) – discutindo estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde.

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Na última quinta-feira (17), o professor e especialista em Administração Empresarial Orlando Pavani participou de mais uma live do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – da Associação Paulista de Medicina (APM) – discutindo estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde.

O encontro, transmitido no canal do CQH no YouTube, foi o segundo de uma série de três eventos virtuais. Além de Pavani, participaram Jayme Malek Júnior, membro da Governança do Programa, e a secretária Márcia Mergulhão.

Estas lives estão servindo de aquecimento para o curso on-line “Estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde”, que o CQH oferece em 11, 12, 13, 14 e 18 de abril, das 14h às 17h, com certificado. Ministrada por Pavani, a iniciativa é apoiada pela Sociedade Paulista e pela Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde (Sompas e Abrampas, respectivamente).

Metas nas organizações de Saúde
Segundo o palestrante, este tema é delicado, uma vez que muitos gestores decidem um objetivo sem ter uma análise sólida para definir o indicador.

O primeiro cuidado, comentou o especialista, é nunca inserir o número que quer alcançar nas contas para definir o dado. “A meta é um conceito externo. Tenho uma conta que mede um determinado processo e quero que dê um certo resultado. Mas nunca pego este índice final para colocar na conta.”

Além disso, a meta não pode ser um conceito aleatório. Como explicou Pavani, para definir uma é preciso tomar por base o comportamento histórico de um determinado número. Se algo nunca foi medido, não é possível estabelecer uma meta.

“Quando não temos o histórico, utilizamos o conceito teórico de requisito da parte interessada (RPI). Por exemplo, um cliente quer que exista zero defeitos em um serviço. Pode ser que isso seja utópico, mas é o requisito, realizável ou não. Um RPI pode ser utópico, diferente da meta”, detalhou. Uma meta, obrigatoriamente, tem de ter algo ousado, mas também realizável.

Por quanto tempo preciso monitorar um histórico para ter uma meta? “Vamos supor que eu meça os índices anualmente. Vou precisar de um ano inteiro? Não. Há um segredo. Posso extemporaneamente medir a cada 15 dias. Quando tiver cerca de 20 dados, consigo fazer uma análise histórica para reconhecer um número médio preliminar.”

Uma alternativa, disse o especialista, é extrapolar o passado, revisando dados antigos ainda que por via de métricas diferentes. “O que não podemos é inventar uma meta. Nem pegar o número de concorrente. Se faço isso, tenho um referencial comparativo, não uma meta.”

Ele também comentou um pouco sobre estatística interpretacional, um dos temas principais do curso. “É uma técnica para pessoas interpretarem os gráficos, que contam com estatísticas sofisticadas, não calcular. Ou seja, é estatística para usuários, não para matemáticos”, finalizou.

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