A 36ª edição do Congresso Brasileiro de Cefaleia e 17º Congresso de Dor Orofacial está chegando. O evento será realizado nos dias 28 e 29 de outubro, no Sheraton Hotel, localizado em Santos/SP. Haverá também um pré-congresso, em 27 de outubro, na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).
O Congresso é realizado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, com organização e comercialização da Associação Paulista de Medicina. Além de relevantes temas que estão em alta na área, a programação está repleta de novidades, entre elas as mesas “Receptores Dignos de Prêmio Nobel” e “Desafio da Cefaleia”.
De acordo com a neurologista Eliana Meire Machado, membro da Comissão Organizadora do Congresso, o debate sobre “Receptores Dignos de Prêmio Nobel” – que acontece em 28 de outubro, a partir das 9h30 – foi pensado levando em consideração os mediadores químicos e vencedores do prêmio, relacionando a dor de cabeça e a enxaqueca neste contexto.
“A mesa leva este nome em homenagem a Peter Goadsby, um pesquisador britânico que foi um desses mediadores. Esses sistemas que estão sendo estudados são muito promissores com relação a alvos terapêuticos, além de configurar uma mesa que é de grande atualização no tema ‘Enxaqueca’, inclusive na sua fisiopatologia”, destaca a neurologista.
Migrânea
Os temas escolhidos para compor a mesa redonda foram selecionados a partir da identificação do que tem sido publicado nos últimos dois anos. O médico Élcio Piovesan, um dos participantes da mesa, explica que os tópicos apresentados durante o Congresso abordarão estudos com novas informações relevantes no entendimento do que é a migrânea – analisando o seu papel nos sintomas associados, as possíveis formas terapêuticas existentes, além de resultados preliminares já obtidos nos novos tratamentos.
“Vamos discutir com os principais cefaliatras do Brasil estes achados e descobertas. Instruir, instigar e criar insights para que os pesquisadores brasileiros possam sempre estar atualizados no que existe de mais moderno no conhecimento de cefaleia no mundo. Acho que o mais importante de tudo será inspirar as novas gerações de profissionais que estão chegando no Brasil, para o aprendizado de pesquisa e manejo clínico”, acrescenta Piovesan.
Ele ainda pontua que a capacidade de abordar tópicos desafiadores, complexos e polêmicos é um atrativo para todos os profissionais da área, que diariamente se deparam com momentos difíceis na profissão. O médico evidencia que todo o evento foi cuidadosamente pensado para atingir também aqueles que estão chegando agora, trazendo aulas com conceitos bem estabelecidos e orquestrados por professores renomados, de alto nível.
Conforme explica o especialista, voltar a fazer o evento no formato presencial é uma oportunidade de sentir a Ciência de perto. “Conversar com autores de artigos que lemos e admiramos torna a Ciência mais humana, mais próxima de nós. A sensação de participar dos Congressos de Cefaleia é indescritivelmente inspiradora, principalmente para os que procuram conhecimento”, complementa.
Desafio da Cefalia
Outra grande novidade do Congresso Brasileiro de Cefaleia será a realização do “Desafio da Cefaleia”. A atividade será no dia 29 de outubro, a partir das 8h30, quando os participantes terão seus conhecimentos acerca do tema desafiados, sendo divididos em equipes que participarão ao vivo, diretamente do palco.
Serão três grupos de quatro participantes, 12 no total, respondendo perguntas com o auxílio da plateia, caso necessário. Se a equipe acertar a pergunta sem o auxílio da plateia, ganhará dois pontos; caso peça ajuda e acerte, ganha um ponto. Os pontos vão se acumulando e, ao final, quem somar a maior pontuação será vitorioso. Todos os participantes inscritos poderão participar do evento, de forma multidisciplinar, entre especialidades distintas.
Outra parte do desafio será realizada apenas com a plateia, sem os participantes no palco, possibilitando maior interação. Nesta parte, serão lançados desafios na tela, enquanto todos os participantes poderão acompanhar pelo celular e responder, com a plataforma computando as respostas corretas e premiando os vencedores.
O coordenador do Desafio, Márcio Siega, diz que o objetivo é gerar uma forma de conhecimento mais leve, divertida e menos cansativa aos participantes. “Ele foi pensado principalmente porque na pandemia buscamos métodos de aprimorar o conhecimento através de uma gameficação, nos levando a essa modalidade que deu muito certo durante o isolamento. A gente acredita que é uma forma de interagir melhor com o público, na qual todas as pessoas conseguem participar.”
Siega pontua que espera que a atividade seja uma maneira de proporcionar expansão de conhecimento, de forma lúdica. Para ele, é fantástica a possibilidade de estar voltando a realizar eventos presenciais, pois permite maior integração com os profissionais da área, contribuindo para o networking, retomando amizades e reencontro com colegas.
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