Representantes de SP e do PR reprovam prestação de contas da AMB e rejeitam proposta de novo regimento eleitoral

47 delegados representantes das Associações Paulista (APM) e 5 da Paranaense (AMP) de Medicina na Associação Médica Brasileira (AMB) reprovaram a prestação de contas da entidade nacional em Assembleia de Delegados realizada em Belo Horizonte (MG) na última terça-feira, 29 de outubro

Notícias em destaque

47 delegados representantes das Associações Paulista (APM) e 5 da Paranaense (AMP) de Medicina na Associação Médica Brasileira (AMB) reprovaram a prestação de contas da entidade nacional em Assembleia de Delegados realizada em Belo Horizonte (MG) na última terça-feira, 29 de outubro.

O demonstrativo da movimentação financeira necessário para análise foi enviado aos Delegados depois das duas horas da manhã do dia 29, a menos de sete horas do início da Assembleia, que começou com mais de 30 minutos de atraso, apesar de haver quórum suficiente no horário aprazado (9h).

Os dados apresentados suscitaram muitas dúvidas. Uma delas se refere aos valores relativos às contribuições associativas de 2017 (referencial do número de associados), que indicam entradas financeiras de pouco mais de R$ 7 milhões. Isso causo estranheza, pois apenas a APM e a AMP contribuíram com cerca de R$ 5,5 milhões neste período, ao mesmo tempo que, segundo dados da própria AMB, estas duas federadas não somam 50% do total de associados (sendo que o número de associados define a quantidade de representantes de cada federada na Assembleia de Delegados, órgão supremo da instituição).

Apesar da participação massiva dos delegados de São Paulo, do Paraná e do apoio de outros estados, a prestação de contas da AMB foi aprovada por uma diferença de poucos votos.
 
Também constava na pauta da Assembleia de Delegados a aprovação de proposta (até então desconhecida) de novo regimento eleitoral para a Associação Médica Brasileira. Ali estava, entre outros pontos, a realização direta das eleições pela AMB, sem a participação das federadas. Desde a criação da entidade nacional, em 1951, até a última eleição, em 2017 (ainda sub judice), as eleições sempre foram responsabilidade das federadas. Esta proposta foi rejeitada pela maioria dos Delegados presentes, sendo que a AMB assume o compromisso de reunir novamente os representantes das federadas em 30 dias para discussão do assunto.
 
“Não fomos a Belo Horizonte para disputar com as demais Federadas da AMB, mas sim para defender o associativismo. Isso bem fizemos, com foco, seriedade e ética. Jamais poderíamos aprovar atas de reuniões que nos foram interditadas, relatórios, contas ou proposta de Código Eleitoral totalmente desconhecidos até o momento da sua apresentação. Fomos responsáveis, coerentes e educados, como sempre fomos e continuaremos a ser. Encontrei vários antigos colegas de outros Estados e a maioria deles desconhecia a realidade dos fatos, visto que há vários anos temos sido objeto de contínuo processo de isolamento e difamação.Tenho certo que, agora, nos tendo sido restituído o direito de participar dos colegiados da AMB, convenceremos nossos pares a unirem-se em busca das boas soluções e fortalecimento da vida associativa”, declara o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral.
 
Ainda foi reprovado pelos Delegados da AMB o aumento da contribuição associativa para 2020. No período da tarde, foi realizada Assembleia Geral da Associação Médica Brasileira, aberta a todos os associados em situação regular, para ratificar as decisões dos delegados. Nesta oportunidade, as posições assumidas na Assembleia anterior foram reiteradas.