Dieta mediterrânea traz risco reduzido de Alzheimer

As pessoas que se alimentam de dietas ricas em folhas verdes, bem como outros vegetais, frutas, grãos integrais, azeite, feijão, nozes e peixe podem ter menos placas amiloides e emaranhados de tau no cérebro —sinais da doença de Alzheimer — do que aquelas que não comem esses tipos de alimentos. É o que concluiu um estudo feito por pesquisadores da Rush University, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Neurology

O que diz a mídia

As pessoas que se alimentam de dietas ricas em folhas verdes, bem como outros vegetais, frutas, grãos integrais, azeite, feijão, nozes e peixe podem ter menos placas amiloides e emaranhados de tau no cérebro —sinais da doença de Alzheimer — do que aquelas que não comem esses tipos de alimentos. É o que concluiu um estudo feito por pesquisadores da Rush University, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Neurology.
A pesquisa examinou o quanto as pessoas seguiram as dietas Mind e mediterrânea. Embora semelhantes, o regime alimentar dos países banhados pelo Mediterrâneo recomenda vegetais, frutas e três ou mais porções de peixe por semana, enquanto a Mind prioriza folhas verdes como espinafre e couve, junto com outros vegetais. Ela também inclui a preferência por frutas vermelhas em vez de outras variedades e prega uma ou mais porções de peixe por semana. Os dois padrões preveem consumo moderado de vinho.
Embora este estudo mostre uma associação de consumir regularmente essas dietas com menos placas e emaranhados formadores do Alzheimer, não estabelece uma relação de causa e efeito.
“Esses resultados são empolgantes. A melhora na dieta das pessoas em apenas uma área, como comer mais de seis porções de vegetais de folhas verdes por semana ou não comer frituras, foi associada a menos placas amiloides no cérebro, semelhante a ser cerca de quatro anos mais jovem”, diz Puja Agarwal, da Rush University, autor do estudo, em comunicado. “Embora nossa pesquisa não prove que uma dieta saudável resultou em menos depósitos cerebrais dessas placas, sabemos que existe uma relação e seguir as dietas pode ser uma maneira de as pessoas melhorarem a saúde do cérebro e protegerem a cognição à medida que envelhecem.” O estudo envolveu 581 pessoas com idade média de 84 anos no início do trabalho, que concordaram em doar seus cérebros ao morrerem para as pesquisas sobre demência. Os participantes preencheram questionários anuais perguntando quanto comiam de alimentos em várias categorias. Quando examinados após a morte, 66% preencheram os critérios para a doença de Alzheimer.
Os pesquisadores dividiram os participantes em grupos, representando cada dieta. Eles descobriram que as pessoas que de perfil alimentar semelhante ao mediterrâneo tinham taxas médias de placas e emaranhados em seus cérebros equivalentes aos de indivíduos 18 anos mais jovens. No perfil Mind, a diferença foi de 12 anos.

Fonte: O Globo