Revista científica da SOCESP traz uma edição inteira dedicada à Insuficiência Coronária Aguda

A terceira edição da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, que acaba de ser lançada, traz 15 artigos inéditos de cardiologistas que estudam o assunto tanto em universidades quanto na prática clínica

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O tratamento da Síndrome Coronariana Aguda (SCA) passou por diversas mudanças, nos últimos 30 anos. O uso de arsenal terapêutico – como novos antiagregantes plaquetários, fibrinolíticos e a angioplastia primária – reduziu mortalidade e desfechos desfavoráveis. “Mesmo assim, os óbitos permanecem elevados, reforçando a gravidade da situação e a necessidade de que as equipes de atendimento ao paciente estejam preparadas para reconhecer e iniciar o tratamento o mais rápido possível”, destaca o diretor de Publicações da SOCESP, Miguel Antonio Moretti. No Brasil, morrem cerca de 110 mil pessoas todos os anos por infarto, sendo 65 mil homens e 45 mil mulheres.

A terceira edição da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, que acaba de ser lançada, traz 15 artigos inéditos de cardiologistas que estudam o assunto tanto em universidades quanto na prática clínica. Os trabalhos da publicação científica também abordam temáticas multidisciplinares, envolvendo os oito Departamentos da SOCESP:  Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social.

Miguel Antonio Moretti explica que a conexão entre o infarto e a trombose coronariana levou anos para ser aceita, assim como a evolução do conhecimento sobre a fisiopatologia da aterosclerose e como ela pode interferir em processos crônicos, como na disfunção endotelial a qual induz modificações agudas no equilíbrio vascular, facilitando os fenômenos de espasmos ou de trombose intravascular. “Esse entendimento permitiu desenvolver uma terapia mais efetiva, principalmente se instituída rapidamente logo após o diagnóstico”, completa.

O diretor de Publicações da SOCESP, que é também o editor-chefe da Revista, lembra que a terapia antitrombótica e as estratégias de reperfusão constituem a base do tratamento farmacológico das SCA, independente da sua forma clínica de apresentação. “A escolha da terapia mais adequada, assim como o seu tempo de administração, deve ser embasada em evidências científicas e guiadas pelas diretrizes e protocolos institucionais” ressalta.

A publicação tem como coeditores Ricardo Pavanello e Alexandre Soeiro.