Na última quinta-feira, 19 de agosto, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp) divulgou a sua 18ª pesquisa relacionada à Covid-19. Desta vez, a entidade apurou que 60% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da rede privada estão na faixa etária acima dos 70 anos. Em relação aos leitos cínicos para Covid-19, os pacientes septuagenários são 52%.
O levantamento foi feito entre 12 e 17 de agosto, com 60 hospitais paulistas privados – 27% na capital e 73% no interior – que somam 2.470 leitos de UTI e 4.762 leitos clínicos. Nesse universo, 1.094 leitos clínicos e 707 de UTI são destinados exclusivamente aos pacientes infectados pelo coronavírus.
Além dos doentes com mais de 70 anos, as UTIs convivem com pacientes de Covid-19, principalmente, das faixas etárias: entre 41 e 50 anos (16%), entre 51 e 60 (14%), entre 61 e 70 (5%) e entre 21 e 40 (5%).
71% dos hospitais que participaram do levantamento estão com taxa de ocupação de leitos de UTI entre 51% e 70%. Na última pesquisa – feita entre 26 de julho e 1º de agosto – somente 42% dos hospitais possuíam esse nível de pacientes. Já a ocupação de leitos de UTI para Covid-19 acima de 80% manteve-se inalterada: somente 2% dos hospitais informaram estar nesse limiar.
Dificuldades
Metade (50%) dos hospitais apontou como maior problema no enfrentamento à pandemia o afastamento de colaboradores por problemas de saúde; 39% apontaram a falta de outros profissionais de Saúde e 11% a falta de médicos. Questionados se o hospital tem encontrado problema na reposição de funcionários, 62% informaram que sim.
Questionados se existe uma fila de pacientes não-Covid19 por conta da demanda reprimida, 55% responderam que sim e 45% que não. E 93% informaram que o período de espera é de 15 dias para realizar um procedimento no hospital. Ao mesmo tempo, 70% dos hospitais informaram que não houve aumento no agendamento de cirurgias eletivas.
