APM recebe visita de médico associado há quase 64 anos

Na última quarta-feira, 28 de setembro, o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral, recebeu o cardiologista Carlos Alberto Filippi Mônaco, aluno da turma de 1956 da Escola Paulista de Medicina e associado à APM desde 1958

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Na última quarta-feira, 28 de setembro, o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes do Amaral, recebeu o cardiologista Carlos Alberto Filippi Mônaco, aluno da turma de 1956 da Escola Paulista de Medicina e associado à APM desde 1958. Aos 91 anos de idade e com quase 70 anos de profissão, Mônaco pôde rever as instalações da Associação e as mudanças ocorridas nas últimas décadas.

“Estou muito contente e admirado com as reformas e, principalmente, com as possibilidades que a APM tem em difundir a Medicina e a Cultura. Há várias décadas que eu não vinha na entidade e certamente voltarei mais vezes”, comentou. 

O cardiologista visitou a Pinacoteca, o Museu de História da Medicina, a Biblioteca e os auditórios da APM: “Estou encantado com tudo o que estou vendo aqui”.

Durante o encontro, o médico também relembrou muitas histórias do início da profissão e falou da evolução da Medicina nos dias atuais. “Sou da época que não existia UTI e o tratamento de um infartado era feito em um quarto de hospital ou na própria residência. Não existiam meios terapêuticos, e o que se tinha relacionado à Cardiologia era o eletrocardiograma, que surgiu na Segunda Guerra Mundial. Hoje, a Medicina é outra, nem se compara com a que eu vivi. Mesmo assim, ainda tem muito a desenvolver por causa da tecnologia.”

De acordo com Mônaco, essa mesma tecnologia favoreceu muitas coisas dentro da profissão e vai favorecer cada dia mais. “Essa é minha visão da Medicina tecnológica. Imagino que, hoje, quem faz um curso nessa área acharia graça em relação ao que eu fiz, porque é completamente diferente. É outra Medicina, mas a minha tinha uma coisa que não sei se hoje tem, que era o coração, o amor pela profissão e a dedicação ao paciente”, complementa.

O associado citou, ainda, o exame físico feito no paciente que, segundo ele, praticamente não se faz hoje em dia. “Hoje, os médicos medem a pressão e pedem exames. Com toda essa tecnologia, acredito que estamos diante de um avanço limitado, porque o exame físico no paciente é primordial.”

Por fim, ele elogiou novamente a Associação Paulista de Medicina e frisou a importância da entidade para fortalecer a profissão: “Tem muito médico que não sabe das recentes atualizações da APM e é preciso chamar a atenção deles”.

Texto e fotos: Alessandra Sales