Boletim apresenta dados de malária na região extra-amazônica

A divulgação de novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, apresenta dados sobre casos de malária notificados na região extra-amazônica brasileira, entre 2010 e 2021

Últimas notícias

A divulgação de novo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, apresenta dados sobre casos de malária notificados na região extra-amazônica brasileira, entre 2010 e 2021. No período de análise, foram 37.749 notificações, sendo 22% (8.317) positivas; 66% (24.899) negativas; 9,6% (3.168) apresentadas como lâmina de verificação de cura (LVC) e 2,4% (915) nulas.

Dos 8.317 casos positivos, 50% (4.163) foram registrados na região Sudeste. Os estados que lideram o número de casos são São Paulo, com 1.847; Rio de Janeiro, apresentando 878; e Minas Gerais, com 796. Vale salientar que a taxa de incidência de malária na região extra-amazônica apresentou uma série de variações durante o estudo, não sendo superior a 0,1 caso a cada 100 mil habitantes.

De acordo com as informações apresentadas pelo Boletim, 16,6% (788) dos municípios situados na região extra-amazônica notificaram novos casos positivos. Destes, os 10 com os maiores números de casos foram São Paulo/SP (849), Rio de Janeiro/RJ (743), Goiânia/GO (520), Brasília/DF (328), Teresina/PI (320), Belo Horizonte/MG (300), Campinas/SP (210), Fortaleza/CE (203), Recife/PE (145) e Santos/SP (144).

Características

96,2% dos casos positivos foram sintomáticos, com destaque para 2019, em que 99% dos pacientes relataram ter sintomas. A análise também demonstra que há maior número de casos nos meses de janeiro e fevereiro, em todos os anos – possivelmente pelo fato de ser verão e a proliferação da infecção ser mais acentuada.

Dos casos positivos, 78,8% (6.552) eram residentes de áreas urbanas; 13,8% (1.144) viviam em áreas rurais; 0,7% (61) eram moradores de áreas periurbanas; e 6,7% (560) não responderam a informação.

Dos casos positivos, 78,1% são importados, sendo que 50% vêm diretamente da região amazônica – Rondônia (1.398), Amazonas (962), Pará (746) e Roraima (310). Em relação aos países com as maiores variáveis de infecção, destaque para Angola (671), África do Sul (203), Guiana Francesa (185), Nigéria (181) e Moçambique (178).

Dos casos notificados de malária entre 2010 e 2021, 79,9% (6.483) foram no sexo masculino, enquanto os outros 22,1% (1.834) foram registrados em pacientes do sexo feminino. Já sobre a cor/raça da população, os registros apontam que 44,7% (3.384) dos pacientes eram brancos, 43% (3.261) pardos, 10% (760) pretos, 1,2% (90) indígenas e 1,1% (82) amarelos.

Em relação à faixa etária da população, o maior número de casos foi registrado entre pacientes de 30 a 44 anos (36,3% deles, equivalente a 3.021). Em seguida, estão as populações de 15 a 29 anos (26,2%, 2.183), 45 a 59 anos (24,0%, 1.997), maiores de 60 anos (8,3%, 687 casos) e, em menor escala, zero a 14 anos (5,2%, 429).