Brasil é o segundo País com mais mortes por Monkeypox no mundo

O novo Boletim Epidemiológico Especial da Monkeypox, elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão associado ao Ministério da Saúde, indica que foram confirmados 83.479 casos da infecção no decorrer do ano de 2022

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O novo Boletim Epidemiológico Especial da Monkeypox, elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão associado ao Ministério da Saúde, indica que foram confirmados 83.479 casos da infecção no decorrer do ano de 2022, mundialmente. Além disso, também foram notificados 1.694 casos prováveis do contágio e, de acordo com as informações fornecidas pela Organização Mundial da Saúde, há 72 óbitos registrados no planeta.

Os países que apresentaram os maiores números de casos da doença foram os Estados Unidos, com 29.542 infecções, Brasil (10.398), Espanha (7.496), França (4.110), Colômbia (3.971) e Reino Unido (3.730). Os óbitos estão divididos entre os Estados Unidos, com 20 mortes; Brasil, com 14; Nigéria, com sete; Peru, com cinco; Gana e México, com quatro cada; Espanha, Camarões e Chile, com três cada; Equador, com duas; Argentina, Bélgica, Cuba, República Tcheca, Índia, Moçambique e Sutão, com uma morte cada.

Em relação ao perfil dos casos confirmados até o momento, o sexo masculino predomina nas documentações de contágio, totalizando 96,62% dos registros. Não obstante, a faixa etária preeminente dos pacientes infectados é de 18 a 44 anos, totalizando 79,2%. No entanto, também foram notificados 744 casos de enfermos entre 0 a 17 anos, e 207 casos de pessoas entre zero a quatro anos de idade.

Dos casos confirmados e prováveis mundialmente, 48.790 deles (92,7%) não foram hospitalizados. As hospitalizações informadas decorreram da necessidade clínica ou por conta de propósitos de isolamento, totalizando 3.828 desses casos (7,3%), de modo que somente 42 (3%) pacientes tiveram que ser internados em unidades de terapia intensiva. Os principais sinais e sintomas informados em nível global foram erupção cutânea, em 79,2% dos casos, e febre, em 57,1% das documentações.

Brasil 

Até o final da 52ª Semana Epidemiológica (31 de dezembro de 2022), o Brasil havia registrado 48.648 notificações para a Monkeypox. Cerca de 3.830, ou seja, 7,9% das notificações, estão sendo investigadas, classificadas como suspeitas, além de 10.039 (20,6%) casos terem sido confirmados, enquanto outros 321 (0,7%) foram classificados como prováveis.

Houve maior concentração de casos prováveis na Região Sudeste (6.208 casos, 60,1%) e no Centro-Oeste (1.171 casos, 11,3%). Além disso, ambas as regiões possuem os maiores índices de incidência, já que o Centro-Oeste totaliza 7,01 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto o Sudeste apresenta 6,93 casos a cada 100 mil habitantes.

Sobre o maior número de casos prováveis e confirmados, São Paulo teve 39,8% deles, ou seja, 4.110, seguido pelo Rio de Janeiro, englobando 13,4% (1.384). Por sua vez, a maior incidência de casos por unidades federativas se divide entre Distrito Federal e São Paulo, que apresentaram, respectivamente, 9,79 e 8,81 casos a cada 100 mil habitantes.

Dos 5.570 municípios brasileiros, 624 deles tiveram pelo menos um caso confirmado ou provável da infecção, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia os que tiveram os maiores números, totalizando 3.107, 1.073 e 416 infecções, respectivamente. As maiores incidências foram nos municípios de Fernando de Noronha – PE, com 63,7 casos a cada 100 mil habitantes; e Balneário Camboriú – SC, totalizando 52,3 casos/100 mil habitantes.

O sexo dos pacientes brasileiros infectados foi, em abrangência, o masculino, com 90,8% dos casos, ou seja, 9.401 deles. Em relação à raça e cor, negros tiveram 4.382 (42,3%) casos documentados, e brancos 4.277 (41,3%). A média de idade dos pacientes foi de 33 anos, mas a maior frequência de casos entre o sexo masculino está na faixa dos 30 aos 39 anos (41,6%), enquanto os casos do sexo feminino estão concentrados em pacientes de 18 e 29 anos (30,2%).

Dos sinais e sintomas declarados por pacientes infectados pelo vírus, foi relatada febre em 5.995 dos casos (58%); erupções em 4.581 (44,3%); dor de cabeça em 4.085 (39,5%); e adenomegalia em 3.728 (36,1%). Em média, 9.515 (91,8%) dos casos indicaram pelo menos um dos indícios apresentados anteriormente.

Vinte e duas gestantes tiveram casos confirmados e prováveis de Monkeypox. São residentes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e duas dessas pacientes grávidas precisaram ser internadas para propósitos de tratamento clínico e isolamento.

Os 14 óbitos ocasionados pela Monkeypox no País ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão e Santa Catarina, com média de idade de 31 anos. Todos os pacientes que faleceram eram do sexo masculino e de cor negra ou branca.