Brasil registrou 195,9% de aumento nos casos de dengue em 2022

Até a 24ª Semana Epidemiológica – período referente a 02 de janeiro de 2022 a 18 de junho de 2022 – havia sido confirmada a ocorrência de 1.172.882 casos prováveis de dengue no País

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Conforme indicado pelos levantamentos disponibilizados através do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até a 24ª Semana Epidemiológica – período referente a 02 de janeiro de 2022 a 18 de junho de 2022 – havia sido confirmada a ocorrência de 1.172.882 casos prováveis de dengue no País. Quando comparado com o mesmo período de 2021, este número representa um aumento de 195,9% dos casos.

Assim como nas análises realizadas anteriormente, a região com a maior concentração na taxa da incidência de casos segue sendo a Centro-Oeste, acumulando um total de 1.629,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Sul, com 983,9 casos/100 mil habitantes; Sudeste, registrando 440,7 casos/100 mil habitantes; Nordeste, possuindo 284,8 casos/100 mil habitantes; e por fim, o Norte, que apresentou 223,2 casos/100 mil habitantes.

Neste sentido, os municípios que manifestaram o maior número de casos prováveis de dengue até a semana de análise foram Brasília/DF, com 54.865 casos (equivalente a 1.773,1 casos para cada 100 mil habitantes); Goiânia/GO, apontando 42.567 casos (incidência de 2.736,3 /100 mil habitantes); Joinville/SC, registrando 25.368 casos (4.195,1 a cada 100 mil habitantes); Aparecida de Goiânia/GO, dispondo 16.833 casos (ou seja, 2.796,9 casos/100 mil habitantes); São José do Rio Preto/SP, totalizando 15.726 casos (proporcional a 3.351,9/100 mil habitantes); e por fim, Palmas/TO, completando 13.783 casos (correspondente a 4.398,6/100 mil habitantes).

De acordo com a análise do Ministério da Saúde, até a 24ª Semana Epidemiológica haviam sido confirmados 960 casos de dengue grave e 12.158 casos de dengue com sinais de alarme. Dentro deste contexto, outros 756 casos permanecem em investigação. As informações da pasta indicam também que, até então, 585 óbitos por dengue foram confirmados, sendo 491 deles por critério laboratorial e os 94 restantes por critério clínico epidemiológico.

Os estados com o maior número de mortes por dengue, são, respectivamente: São Paulo, 200; Santa Catarina, 66; Paraná, 60; Rio Grande do Sul, 57, e Goiás, 55. Segundo as informações trazidas pelo Boletim, atualmente há 216 óbitos sendo investigados.

Chikungunya

O período de análise demonstra que até a 24ª Semana Epidemiológica foram registrados 122.075 casos prováveis de Chikungunya no Brasil – a taxa de incidência, nessa situação, foi de 57,2 casos por 100 mil habitantes. Ao comparar com o mesmo período de 2021, é possível observar que em 2022 houve um aumento de 93,7% dos casos.

O Nordeste foi a região com a maior incidência no número de casos, sendo 175,7 para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste, apresentando 28,8 casos/100 mil habitantes e Norte, com 26,6 casos a cada 100 mil habitantes. Neste cenário, os municípios com maiores apontamentos no número de casos prováveis de Chikungunya foram: Fortaleza/CE, 10.029 casos (371,0/100 mil habitantes); Juazeiro do Norte/CE, 3.748 casos (1.346,9 casos/100 mil habitantes); Salgueiro/PE, 3.163 casos (5.138,0 casos/100 mil habitantes); Palmas/TO, 3.130 casos (998,9 casos/100 mil hab.) e, por fim, Brejo Santo/CE, totalizando 3.081 casos (6.138,1 casos/100 mil hab.).

Até o momento de liberação do Boletim, haviam sido confirmados 23 óbitos ocasionados por chikungunya nos estados brasileiros, de modo que o Ceará possui a maior concentração deles, totalizando 18 mortes (ou seja, 78,2%). Outros 50 falecimentos seguem em investigação.

Zika Vírus

Os dados da pesquisa realizada a fim de obter informações a respeito do Zika Vírus são referentes ao período da 21ª Semana Epidemiológica, que vai de 02 de janeiro de 2022 até 28 de maio de 2022. Sendo assim, a pesquisa indica que houve 5.699 casos prováveis da arbovirose, com uma taxa de incidência de 2,7 casos para cada 100 mil habitantes.

Ao comparar os números obtidos com o mesmo período de análise de 2021, é possível identificar que ocorreu um aumento de 118,9% no número de casos. Além disso, é válido ressaltar que, apesar do aumento considerável na porcentagem dos casos, até o momento o Brasil não registrou nenhum óbito ocasionado por Zika no ano de 2022.

Febre Amarela  

Durante os meses de julho de 2021 até junho de 2022 – período correspondente à 22ª Semana Epidemiológica – foram obtidas 1.267 novas notificações suspeitas de febre amarela, sendo que 26 delas (2,1%) foram confirmadas por critério laboratorial. Durante a mesma fase, 576 casos humanos suspeitos da arbovirose foram informados, sendo que cinco (0,9%) deles acabaram sendo confirmados.

A maior probabilidade de transmissão da febre amarela aconteceu nos estados do Pará, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, indicando que há uma grande circulação ativa do vírus nessas unidades federativas, aumentando o risco de infecção. Dos casos humanos confirmados, as infecções ocorreram no Pará, nos municípios de Afuá e Oieras do Pará, e no Tocantins, nos municípios de São Salvador do Tocantins e Gurupi.

Os pacientes infectados eram todos do sexo masculino, na faixa etária dos 20 aos 29 anos, não vacinados ou com o calendário vacinal parcialmente incompleto – a não ser por um dos casos, que se vacinou em 2018. Conforme demonstra a análise, todos eles estiveram em áreas silvestres ou zonas de mata, permitindo identificar o local em que ocorreram as exposições à doença. Quatro dos cinco casos confirmados evoluíram para o óbito dos pacientes, por meio de uma letalidade de 80%.

Sendo assim, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de vigilância nas áreas de transmissão a fim de identificar eventos suspeitos. Além disso, a pasta fortalece a necessidade de vacinação para prevenção das arboviroses que possuem uma vacina distribuída pela rede pública, como a Febre Amarela.