Brasil tem mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue registrados em 2022

A mais recente edição do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, seção do Ministério da Saúde, destaca que até a 40ª Semana Epidemiológica – período referente a 2 de janeiro de 2022 até 8 de outubro – foram notificados 1.362.125 casos prováveis de dengue no Brasil

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A mais recente edição do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, seção do Ministério da Saúde, destaca que até a 40ª Semana Epidemiológica – período referente a 2 de janeiro de 2022 até 8 de outubro – foram notificados 1.362.125 casos prováveis de dengue no Brasil, com uma taxa de incidência de 638,5 casos a cada 100 mil habitantes.

O alto número de casos chama a atenção de autoridades e profissionais da Saúde, levando em consideração que houve um aumento de 184,6% nas notificações em relação ao mesmo período no ano passado. E até o momento, foram confirmados 1.339 casos de dengue grave no País e 16.757 casos de dengue com sinais de alarme, enquanto outros 655 permanecem em investigação.

Assim como nas pesquisas anteriores, o Centro-Oeste segue sendo a região com a maior taxa de incidência de dengue, com 1.921,2 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Sul, com 1.028,3 casos/100 mil habitantes; Sudeste, 498,1 casos/100 mil habitantes; Nordeste, 413,9 casos/100 mil habitantes; e o Norte, com 229,6 casos a cada 100 mil habitantes.

Os maiores registros de casos prováveis de dengue até a 40ª Semana Epidemiológica foram notificados pelos municípios de Brasília – DF, 64.340 casos (taxa de 2.079,3/100 mil habitantes); Goiânia-GO, 52.563 casos (3.378,9/100 mil habitantes); Aparecida de Goiânia-GO, 23.278 casos (3.867,8/100 mil habitantes); Joinville-SC, 21.388 casos (3.536,9/100 mil habitantes); Araraquara-SP, 21.055 casos (8.753,1/100 mil habitantes); e Anápolis-GO, com 19.466 (4.909,1/100 mil habitantes).

Em relação aos óbitos, até a liberação do boletim foram confirmadas 909 mortes ocasionadas por dengue, sendo que 786 delas foram por critério laboratorial e as 123 restantes por critério clínico-epidemiológico. Os estados com os maiores números de óbitos são, respectivamente, São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É válido informar que outras 136 mortes estão sendo investigadas.

Chikungunya

A respeito da Chikungunya, a análise demonstra que houve 168.908 casos prováveis registrados, com uma taxa de incidência de 79,2 casos a cada 100 mil habitantes. Em relação ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 86,9% dos casos até a respectiva semana.

O Boletim indica que o Nordeste foi a região que apresentou a maior incidência, de 254,9 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está o Centro-Oeste, com 34,6 casos/100 mil habitantes; e o Norte, com 25,7 casos/100 mil habitantes.

Os maiores registros de casos prováveis de Chikungunya foram apresentados pelos municípios de Fortaleza-CE, 20.649 casos (763,8/100 mil habitantes); Maceió-AL, 5,124 casos (496,7/100 mil habitantes); Brejo Santo-CE, 3.641 casos (7.253,7 casos/100 mil habitantes); Crato-CE, 3.394 casos (2.534,5/100 mil habitantes); Salgueiro-PE, 3.162 casos (5.136,4/100 mil habitantes); Juazeiro do Norte-CE, 2.908 casos (1.045,1/100 mil habitantes); e João Pessoa-PB, 2.798 casos (338,8 casos/100 mil habitantes).

Até o presente momento, há 76 óbitos ocasionados por Chikungunya no Brasil, de modo que o Ceará concentra 47,3% deles, ou seja, 36 mortes. É importante salientar que outros 38 óbitos ainda estão sendo investigados.

Zika Vírus e Febre Amarela

Por sua vez, os dados de Zika são referentes à Semana Epidemiológica 36, até 10 de setembro. O apontamento é de 10.501 casos prováveis, com taxa de incidência de 4,9 casos a cada 100 mil habitantes, representando aumento de 92,6% quando comparado com o mesmo período de 2021.

Dos casos prováveis de Zika, 668 foram registrados por gestantes, sendo que 143 deles tiveram confirmação do diagnóstico. Os estados que mais indicaram a arbovirose em gestantes foram Rio Grande do Norte, Bahia, Alagoas e Paraíba, totalizando 68,5% dos casos no País. Até a 36ª Semana Epidemiológica, não houve notificação de nenhum óbito por Zika Vírus no Brasil.

O Boletim também traz informações a respeito da Febre Amarela, registrando 52 casos humanos suspeitos, sem confirmação dos diagnósticos.