Dengue segue crescendo em relação a 2021

Após declínio das notificações de casos durante o auge da pandemia de Covid-19, a dengue volta a preocupar a sociedade brasileira, especialmente os profissionais de Saúde. De acordo com boletim do Ministério da Saúde referente ao período entre 2 de janeiro e 16 de abril deste ano, observa-se um aumento de 104,5% nos registros de casos prováveis de dengue no País em relação ao mesmo período de 2021 – atingindo a marca de 464.255 notificações, com taxa de incidência de 217,6 casos por 100 mil habitantes.

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Após declínio das notificações de casos durante o auge da pandemia de Covid-19, a dengue volta a preocupar a sociedade brasileira, especialmente os profissionais de Saúde. De acordo com boletim do Ministério da Saúde referente ao período entre 2 de janeiro e 16 de abril deste ano, observa-se um aumento de 104,5% nos registros de casos prováveis de dengue no País em relação ao mesmo período de 2021 – atingindo a marca de 464.255 notificações, com taxa de incidência de 217,6 casos por 100 mil habitantes.

No estado de São Paulo, o número absoluto de casos prováveis da doença é de 108.393, representando 17% a mais do que no mesmo período de 2021, com taxa de incidência de 232,4 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os 10 municípios brasileiros com as maiores notificações, três são paulistas: São José do Rio Preto (6.713 casos prováveis e taxa de 1.430,8/100 mil hab.), Votuporanga (6.351 e 6.608,3/100 mil hab.) e Araraquara (4.938 e 2.052,9/100 mil hab.).

A região brasileira mais afetada, no geral, é a Centro-Oeste, com 821,8 casos por 100 mil habitantes. Na sequência, vêm as regiões Sul (341,5 casos por 100 mil hab.), Norte (147,7), Sudeste (160,5) e Nordeste (89,1). Goiânia/GO (28.973 casos), Brasília/DF (26.039) e Palmas/TO (8.641) são as três cidades mais afetadas.

De todo o universo de notificações identificadas pelo Ministério, 4.000 foram de casos de dengue com sinais de alarme, enquanto 324 foram considerados graves. Evoluíram para óbito 131 doentes. A maioria das mortes está concentrada em São Paulo (43), Goiás (21), Bahia (14), Santa Catarina (13) e Minas Gerais (6).

Outras arboviroses
No mesmo período, o Brasil teve 41.044 casos prováveis de Chikungunya, com taxa de incidência de 19,2 casos por 100 mil habitantes. Esses números também representam um aumento em relação às notificações do ano anterior. Neste caso, de 33,6%.

Ao contrário da dengue, o Nordeste é onde está a maior incidência: foram 57,6 casos a cada 100 mil habitantes. O Centro-Oeste (14,3 casos/100 mil habitantes) e o Norte (6,7 casos/100 mil habitantes) também foram bastante afetados.

Entre os municípios, os que mais sofreram com a Chikungunya foram Juazeiro do Norte/CE (3.432 casos), Crato/CE (1.791), Brumado/BA (1.784), Salgueiro/PE (1.520) e Barbalha/CE (1.298).

Até o período analisado pelo boletim epidemiológico, foram confirmados sete óbitos para Chikungunya, sendo seis deles no estado do Ceará e um no Maranhão. Outras 11 mortes seguem em investigação em Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Com relação aos dados do zika, ocorreram 1.480 casos prováveis até 26 de março, correspondendo a uma taxa de incidência de 0,7 caso a cada 100 mil brasileiros. Em relação a 2021, os dados representam um aumento de 31,8%. Não foram identificados óbitos por zika no Brasil até o momento.

Sobre a febre amarela, os números se referem ao período entre julho de 2021 e abril de 2022, quando foram notificados 485 casos humanos, sendo 149 no estado de São Paulo. Apenas 4 casos foram confirmados em todo o País, 3 no Pará e 1 no Tocantins, com letalidade de 100%.