Explode a violência contra médicos de São José do Rio Preto e região

A violência contra médicos em São José do Rio Preto e cidades da região está em alta, equiparando-se, em alguns quesitos, a gravíssimos índices registrados em pesquisas estaduais.

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A violência contra médicos em São José do Rio Preto e cidades da região está em alta, equiparando-se, em alguns quesitos, a gravíssimos índices registrados em pesquisas estaduais.

De acordo com levantamento inédito da Regional SJRP da Associação Paulista de Medicina, divulgado hoje, 29 de julho, um em cada dois médicos já sofreu agressão por parte de pacientes e familiares. Os episódios vão desde ataque físicos a psicológicos, passando por situações de assédio sexual.

Essa é a primeira pesquisa da história, exclusivamente com médicos de Rio Preto, sobre violência. Foi motivada pelo aumento das denúncias informais de agressão para a Regional APM.

Assim, para compreender a extensão do problema, houve entre 5 e 19 de março de 2021, um levantamento junto aos profissionais por intermédio da plataforma on-line Survey Monkey. Em termos estatísticos, o retorno é excelente: 354 médicos responderam ao questionário, 68% homens e 32% mulheres.

Dessa amostra, 63,28% já tiveram o dissabor de assistir algum colega da saúde sofrer violência, sendo que 44,92 (praticamente um a cada dois) foram vítimas de agressões. 

Os números de São José do Rio Preto se aproximam de outros, alarmantes, de pesquisas estaduais. Em 2018, levantamento do Conselho Regional de Medicina dava conta de que a taxa no estado era de 7 vitimados em cada 10.

Os dados da região também se aproximam aos do conjunto da América Latina: 66,70%, em 2015, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde.

A agravante é a de que a estrutura de SJRP para garantir a segurança dos médicos e demais profissionais é extremamente insuficiente. Conforme a pesquisa da APM SJRP, na saúde pública, esse aparato só é perceptível para 17,80% dos que responderam; enquanto na saúde privada a percepção é de 30,79%.

No dia 27 de julho, imediatamente após tomar conhecimento dos dados do levantamento, a Associação Paulista de Medicina acionou os Ministérios da Justiça e da Saúde, o Governo do Estado de São Paulo, as Secretarias de Segurança Pública e Saúde, além da Procuradoria Geral de Justiça, requerendo providências urgentes para garantir a segurança dos profissionais de São José do Rio Preto e região.