Incidência de esquistossomose mansoni é maior em pacientes do sexo masculino

As ocorrências da enfermidade na América do Sul têm destaque em algumas regiões específicas do Caribe, Venezuela e Brasil

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A esquistossomose mansoni é uma doença tipicamente tropical e de origem parasitária, tendo como agente transmissor o Schistosoma mansoni (S.M.). As ocorrências da enfermidade na América do Sul têm destaque em algumas regiões específicas do Caribe, Venezuela e Brasil. De acordo com Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde – órgão do Ministério da Saúde – entre os anos de 2015 e 2019, foram registrados 2.517 óbitos no País por conta da doença.

A maioria dos óbitos ocorreu em pacientes do sexo masculino (1.292, equivalente a 51,33%). Em relação à raça/cor, mais da metade das vítimas eram pardas (1.402, 55,7%), com escolaridade de um a três anos (731, 29,04%). Além disso, o maior registro de mortes aconteceu entre pessoas de 60 e 69 anos (684, 27,18%), seguidas de 70 a 79 anos (648, 25,74%).

O Nordeste foi a região que apresentou a maior taxa de mortalidade no Brasil durante os anos de análise, sucedendo 0,54 óbito a cada 100 mil habitantes em 2015, 0,64/100 mil hab. em 2017 e 0,53/100 mil hab. em 2019. Os valores apresentados representam uma taxa 64 vezes maior que a registrada no Sul, região que teve o menor percentual durante o pico de casos registrados, em 2017.

Nesta conjuntura, os quatro estados com as maiores taxas de mortalidade se localizam, todos, na região Nordeste: Pernambuco (1,75/100 mil hab.), Alagoas (1,7/100 mil hab.), Sergipe (1,03/100 mil hab.) e Bahia (0,43/100 mil hab.).

Prevalência da doença

Atualmente, o Brasil possui 19 unidades federativas em que a esquistossomose está ativa e presente. De acordo com a classificação endêmica – que se define por regiões em que a transmissão da doença já está estabelecida e possui padrões epidemiológicos envolvendo questões ambientais -, há nove estados enquadrados: Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais.

Já as áreas de foco são descritas como regiões endêmicas localizadas em um território afetado por questões ambientais, socioeconômicas ou que contam com migração de pessoas que antes residiam em áreas endêmicas. São elas: Pará, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal.