Foram atualizados no mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, os dados sobre a vigilância laboratorial de sarampo e rubéola no País entre 2018 e 2021.
Segundo as informações, durante os anos analisados, observou-se dois importantes picos de solicitação de exames de diagnóstico para sarampo, e de positividade, no mês de maio de cada ano (2018, 2019 e 2020). Os picos estão relacionados aos surtos nas regiões Norte e Sudeste, nos respectivos anos de análise.
Vale ressaltar que, nos anos de 2016 e 2017, o Brasil não confirmou casos de sarampo. Já em 2018, devido ao alto movimento migratório, turístico e comercial, aliado à baixa vacinação, o vírus foi reintroduzido no País, que perdeu a Certificação de Eliminação do vírus do sarampo em 2019.
Já sobre a rubéola, o Brasil não apresenta casos confirmados desde 2015. Entretanto, o Ministério da Saúde recomenda que a vigilância laboratorial continue sendo realizada, com o objetivo de monitorar possíveis introduções do vírus no País.
O diagnóstico laboratorial de ambas as doenças é realizado por meio de sorologia para detecção de anticorpos. Anualmente, de 2015 a 2021, foram realizados exames para sorologia de rubéola em todas as regiões do Brasil.
O Nordeste destacou-se como o maior solicitante de exames para rubéola, a maioria em gestantes. Ressalta-se que, desde 2015, os órgãos de Saúde não recomendam exames para rubéola como rotina no pré-natal em gestantes assintomáticas, devido à frequente interferência da gravidez nos testes sorológicos.
Exames
Com o surto de sarampo registrado em 2018, foram recebidas 64.823 solicitações de exames de todas as regiões do País. Deste número, 37.174 (57%) correspondem a demandas da região Norte, seguida da região Sudeste, com 13.448 solicitações.
Em 2019, o número mais que dobrou. Foram recebidas 232.492 solicitações de exames, com 75% (175.742) realizados. A região Sudeste destacou-se pela alta solicitação de exames para sarampo (162.992 – 70%), seguida do Nordeste, com 29.880 (12,8%); Sul, com 28.094 (12%); Norte, com 7.816 (3,3%); e Centro-Oeste com 3.710 (1,6%).
Marcados pela pandemia de Covid-19, os anos de 2020 e de 2021 registraram queda gradual no número de solicitações de exames para sarampo e rubéola.
O sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, disseminada pela via respiratória (espirro ou tosse). Já a rubéola, também viral, é mais leve, podendo passar despercebida frequentemente. Ambas são caracterizadas por manchas vermelhas na pele e febre.
