Monkeypox: quase 55 mil casos confirmados no mundo

Entre 1° de janeiro e 7 de setembro de 2022, foram confirmados laboratorialmente 54.709 casos de monkeypox ao redor do mundo, 397 casos prováveis de monkeypox e 18 óbitos. Os dados são do último boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde. do Ministério da Saúde.

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Entre 1° de janeiro e 7 de setembro de 2022, foram confirmados laboratorialmente 54.709 casos de monkeypox ao redor do mundo, 397 casos prováveis de monkeypox e 18 óbitos. Os dados são do último boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde. do Ministério da Saúde.

Os óbitos estão divididos em oito países: Nigéria (4), Gana (4), República Centro-Africana (2), Espanha (2), Brasil (2), Cuba (1), Equador (1) e Índia (1). De acordo com o boletim, esta é a primeira vez desde 13 de maio em que casos e cadeias sustentadas de transmissão são relatados em países sem ligações diretas ou imediatas com áreas da África Ocidental ou Central, onde há países em que a doença é endêmica.

O número de novos casos notificados globalmente diminuiu 60,3% (5.015 para 1.991 registros) da semana epidemiológica SE 35 (28 de agosto a 3 de setembro) para a SE 36 (4 a 10 de setembro) – dados que podem estar subestimados, tendo em vista que a SE 36 não foi contemplada integralmente no boletim.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a maioria dos casos notificados ocorreu nas Regiões das Américas e Europa – 15.248 (78,6%) e 4.572 (22,1%), respectivamente. E até o momento, os países com o maior número de casos confirmados são Estados Unidos da América (19.833), Espanha (6.749), Brasil (5.525), França (3.646), Alemanha (3.505) e Reino Unido (3.484), correspondendo a 78,1% do total no mundo.

Em relação ao perfil dos casos confirmados, 98,1% são do sexo masculino. Pessoas entre 18 e 44 anos representam 77,8% dos casos, e foram notificados 171 (0,6%) casos entre pessoas de zero a 17 anos, dos quais 46 (0,2%) têm idade entre zero e quatro anos.

Após a transmissão, 84,4% (16.450) apresentaram qualquer erupção cutânea e 50,5% (9.837) apresentaram erupção cutânea sistêmica.

Dos casos confirmados e prováveis no mundo, 17.251 (91,6%) não foram hospitalizados, 1.581 (8,4%) foram hospitalizados por necessidades clínicas ou para propósitos de isolamento e 11 (0,1%) foram internados em unidades de terapia intensiva (UTI).

Cenário no Brasil

Até a SE 36 (encerrada em 10 de setembro), foram registradas 25.746 notificações para a monkeypox no Brasil, representando um aumento de 14,3% no em relação à semana anterior.

Do total de notificações recebidas, 12.476 (48,5%) foram descartadas; 530 (2,1%) não atenderam à definição de casos suspeito, sendo consideradas “exclusões”; 510 (2%) foram classificadas como perda de seguimento; e 6.037 (23,4%) foram classificados como suspeitos.  Ainda, 6.073 (23,6%) dos casos foram confirmados e 120 (0,5%) foram classificados como prováveis, totalizando 6.193 casos.

O maior registro de notificações ocorreu na SE 31 (1.036 casos) e, de acordo com o boletim, o número de casos novos e acumulados aumentou a partir SE 25. O mês de agosto registrou 3.993 notificações, 2,3 vezes mais que o mês de julho. Nos primeiros dez dias de setembro, foram feitos 399 registros de notificações.

A partir da SE 32, houve uma redução da média móvel de casos confirmados e prováveis para monkeypox no País, e a proporção de casos confirmados ou prováveis entre todas as notificações nas SE 33, 34 e 35 foi de, respectivamente, 20,6%, 16,1% e 10,1%, demonstrando um aumento da sensibilidade da vigilância, de acordo com o boletim.

Na distribuição por Região do País, a maior concentração de casos confirmados e prováveis ocorre no Sudeste, com 4.692 casos (75,8%); seguido do Centro-Oeste, com 645 casos (10,4%). Da mesma forma, as maiores incidências são observadas nas duas regiões, com 4,8 e 3,2 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

O estado de São Paulo registrou 3.404 casos (55%), seguido do Rio de Janeiro, com 881 casos (14,2%). Com relação às maiores incidências, São Paulo e Distrito Federal, respectivamente, apresentaram 7,3 e 6,3 casos a cada 100 mil habitantes. No Brasil, 388 municípios diferentes registraram pelo menos um caso confirmado ou provável de monkeypox, sendo os com maiores registros São Paulo (2.420), Rio de Janeiro (651) e Goiânia (255).

Em relação ao perfil dos casos confirmados no País, 92,3% são do sexo masculino. Pessoas entre 18 e 49 anos concentram a maioria dos casos, com 5.696 registros, e 187 tinham entre zero e 17 anos, dos quais 62 tinham de zero a 4 anos.

Os sintomas mais frequentes dos casos confirmados e prováveis da doença foram: febre (3.589), adenomegalia (2.625), dor de cabeça (2.468) e erupções (2.292). Com relação às erupções e lesões, a maior frequência foi na região genital (2.952), seguido do tronco (2.136), dos membros superiores (2.068) e da face (1.649).

Quanto à evolução clínica dos casos confirmados e prováveis, foram registrados dois óbitos, 117 (1,9%) casos foram hospitalizados devido a necessidades clínicas, 35 (0,6%) por motivos de isolamento, 129 (2,1%) por motivos desconhecidos no momento da notificação e oito foram internados em unidade de tratamento intensivo (UTI).

Treze gestantes foram confirmadas entre os casos de monkeypox, sendo que uma delas precisou ser hospitalizada para propósitos de tratamento.