Nos últimos 20 anos, morte de idosos diminui no Brasil

A taxa bruta de mortalidade de idosos diminuiu ao longo das últimas duas décadas, contribuindo para as mudanças na estrutura etária da população brasileira, cada vez mais envelhecida. Em 2000, o índice era de 35,35 óbitos de idosos por mil habitantes, passando para 33,46 em 2009 e chegando a 31,93 em 2019. Em números absolutos, foram registradas 521 mil mortes em 2000, 670 mil em 2009 e 929 mil em 2019.

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A taxa bruta de mortalidade de idosos diminuiu ao longo das últimas duas décadas, contribuindo para as mudanças na estrutura etária da população brasileira, cada vez mais envelhecida. Em 2000, o índice era de 35,35 óbitos de idosos por mil habitantes, passando para 33,46 em 2009 e chegando a 31,93 em 2019. Em números absolutos, foram registradas 521 mil mortes em 2000, 670 mil em 2009 e 929 mil em 2019.

Os números são de boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O estudo teve objetivo de verificar se as políticas de Saúde da pessoa idosa e o Estatuto do Idoso têm garantido um envelhecimento saudável e ativo da população.

Em 2019, os estados com maior taxa bruta de mortalidade de idosos foram Rio de Janeiro (35,54/mil), Pernambuco (35,44/mil), Alagoas (35,1/mil) e Paraíba (34,98/mil). Por outro lado, Distrito Federal (25,94/mil) teve o menor índice do Brasil.

Causas de mortalidade
Em 2000, 38,3% dos homens e 35,6% das mulheres idosas morreram devido a alguma doença do aparelho circulatório. 16% de ambos os sexos faleceram por uma causa do capítulo XVIII da Classificação Internacional de Doenças (CID) 10 (sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte). A terceira causa básica, tanto para homens (15,7%) quanto para mulheres (13,3%), foram as neoplasias.

Nos anos de 2009 e 2019, as causas básicas se mantiveram inalteradas. Houve, porém, mudanças na proporção em alguns itens. Por exemplo, em 2009, 15% das mulheres tiveram causa básica registrada em neoplasias, enquanto entre os homens, 18,4% tiveram esse mesmo registro. Em 2019, 15,2% dos óbitos em mulheres apresentavam como causa básica as doenças de aparelho respiratório, enquanto entre os homens, o percentual foi de 14,4%.

O capítulo XVIII da CID (sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte), em ambos os sexos, compreendia 16,5% no ano 2000. Em 2009, os valores chegaram em 7,7% – uma queda de 53,3%; em 2019, a queda, em comparação ao ano 2000, foi de mais de 66,7%. Isso sugere que a vigilância e investigação do óbito tenham melhorado os registros de óbitos por causas mal definidas.

Doenças do aparelho geniturinário tiveram um aumento em 2019 de 144,4% quando comparado ao ano 2000 em ambos os sexos. Aumentou também o registro de óbitos por doenças do sistema nervoso: 360% para os homens e 244,4% para as mulheres, de 2000 para 2019.

O boletim considerou até o período de 2019 por conta da pandemia de Covid-19, que tornou os números de 2020 em diante atípicos. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário avaliar o período pandêmico de maneira isolada, buscando entender as consequências na população idosa e na sua mortalidade.