Notificações de casos de monkeypox crescem mais de 200% no Brasil em uma semana

De acordo com dados do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, até o dia 17 de agosto, houve a confirmação laboratorial de 37.736 casos de monkeypox em todo o mundo.

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De acordo com dados do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, até o dia 17 de agosto, houve a confirmação laboratorial de 37.736 casos de monkeypox em todo o mundo. Além disso, há outros 179 casos prováveis e 12 óbitos pela doença, registrados em sete países – Nigéria (4), República Centro-Africana (2), Espanha (2), Gana (1), Brasil (1), Equador (1) e Índia (1).

No decorrer das semanas, o número de casos registrados mundialmente aumentou 26,8% entre a SE 32 (de 07 de agosto a 13 de agosto), 7.316 novos casos, e a SE 31 (de 31 de julho a 06 de agosto), 5.771 novos casos. Nas últimas quatro semanas, o maior número de casos ocorreu predominantemente nas Regiões das Américas (38%) e Europa (23%).

Entre os países com os maiores índices de casos prováveis, destacam-se os Estados Unidos da América, notificando 11.934 casos, seguido da Espanha (5.792), Alemanha (3.187), Brasil (3.216), Reino Unido (3.055) e França (2.749). Vale ressaltar que estes números correspondem a 76% dos casos notificados mundialmente.

Em relação ao perfil de casos confirmados da doença, observou-se que pessoas do sexo masculino correspondem a 98,6%. A faixa etária predominante na confirmação de casos foi entre 18 e 44 anos, os quais registraram 15.412. Foram registrados, ainda, 101 casos em indivíduos de zero a 17 anos, sendo 26 (0,1%) com idade entre zero e 4 anos.

Segundo as informações, a maioria dos casos confirmados e prováveis não necessitou de internação (11.901) e, para os que precisaram (1.003), destaca-se que apenas quatro (0,1%) foram hospitalizados em unidades de terapia intensiva (UTI).

Após a transmissão, os indivíduos sentiram sintomas leves. Dos casos confirmados, os principais sintomas apresentados pelos pacientes foram febre (15.494; 71,2%) e qualquer erupção cutânea (15.133; 69,6%). Com menores registros, os indivíduos também apresentaram erupção cutânea sistêmica (43,4%), erupção genital (26,4%) e qualquer linfadenopatia (20,7%).

No entanto, o vírus monkeypox pode ser o causador de doenças graves, principalmente em crianças, gestantes e imunodeprimidos.

Cenário da doença no Brasil

Até a semana de análise, houve o registro de 10.195 notificações para a doença em território nacional. Os dados demonstram um crescimento de 219,5% no número de casos em

comparação à SE 31 (de 31 de julho a 06 de agosto). Destes, 3.040 (29,8%) foram confirmados e 176 (1,7%) permanecem como casos prováveis.

No País, ocorreram as maiores taxas de confirmação nos municípios de São Paulo (1.610), Rio de Janeiro (285) e Belo Horizonte (128). O boletim apresenta, ainda, que 229 municípios tiveram pelo menos o registro de um caso confirmado.

Sobre os dados de casos prováveis e confirmados, a maior incidência se deu no sexo masculino, com 2.998 (93,2%) casos, e nas populações branca e negra, com registro de 1.477 e 1.097 casos, respectivamente.

Referente às faixas etárias, os mais afetados pela doença foram pessoas entre 18 e 49 anos de idade. Em faixas etárias menores, houve a ocorrência de 77 casos, sendo em indivíduos de zero a 17 anos, e 20 (0,6) em pessoas de zero a 4 anos de idade.

Sobre principais sintomas, febre (1.887), adenomegalia (1.523), dor muscular (1.215) e dor de cabeça (1.194) foram os mais frequentes. Até o período de análise, sete gestantes tiveram registros entre os casos confirmados e prováveis da doença, os quais ocorreram em São Paulo (3), Rio de Janeiro (3) e Minas Gerais (1).

Em relação à evolução clínica dos casos, foi relatado um óbito, 163 (5,1%) casos que precisaram de internação, e cinco (0,2%) que tiveram registro de hospitalização na UTI.