Quase 800 mil casos confirmados de hepatites virais no País

Uma edição especial de boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, trouxe um balanço das hepatites virais no Brasil. Foram confirmados 718.651 casos no período de 2000 a 2021, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

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Uma edição especial de boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, trouxe um balanço das hepatites virais no Brasil. Foram confirmados 718.651 casos no período de 2000 a 2021, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Destes, 168.175 (23,4%) são de hepatite A, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 279.872 (38,9%) de hepatite C e 4.259 (0,6%) de hepatite D.

Com relação às regiões brasileiras, o Nordeste se sobressai com a maior proporção de infecções pelo vírus A (30,1%). Em seguida, vem o Sudeste, com as maiores proporções dos vírus B (34,2%) e C (58,4%). A região Norte, por sua vez, registra a maior incidência de hepatite D (73,7%).

“As regiões Nordeste e Norte reúnem 55,4% de todos os casos confirmados de hepatite A, no período de 2000 a 2021. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste abrangem 18,2%, 15,3% e 11,1% dos casos do país, respectivamente”, destaca o informe. No mesmo período, a hepatite B infectou 264.640 pessoas, com concentração maior na região Sudeste (34,2%) – seguida das regiões Sul (31,5%), Norte (14,5%), Nordeste (10,7%) e Centro-Oeste (9,1%).

Casos de hepatite C somaram 279.872 confirmações, sendo 58,4% no Sudeste, 27,4% no Sul, 6,9% no Nordeste, 3,7% no Centro-Oeste e 3,6% no Norte. Já a hepatite D acometeu 4.259 pessoas, sendo a maior ocorrência na região Norte, com 73,7% dos casos notificados, seguida das regiões Sudeste (10,7%), Sul (6,8%), Nordeste (5,5%) e Centro-Oeste (3,3%).

Diferenças

A hepatite A, infecção do fígado altamente contagiosa, de caráter benigno, é transmitida de forma fecal-oral (contato de fezes com a boca) e tem grande relação com alimentos ou água contaminados. “Outras formas de transmissão são os contatos pessoais próximos (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e os contatos sexuais”, informa o Ministério da Saúde.

A hepatite B, por sua vez, é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. E a hepatite C, considerada uma epidemia mundial, evolui por um processo inflamatório persistente e silencioso no fígado. “Já a hepatite D, crônica, é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação”, acrescenta o texto.