Anvisa aprova fórmula bivalente da Moderna contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem a vacina bivalente —criada contra a cepa original e Ômicron da Covid-19 — da farmacêutica Moderna. No Brasil, o imunizante será operacionalizado pelo Grupo Adium

O que diz a mídia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem a vacina bivalente —criada contra a cepa original e Ômicron da Covid-19 — da farmacêutica Moderna. No Brasil, o imunizante será operacionalizado pelo Grupo Adium.
A autorização engloba a imunização de reforço de crianças de 6 anos até os adultos. A farmacêutica, contudo, planeja estender a autorização até bebês de 6 meses (nesta versão, com esquema inicial de duas doses).
—Ainda faltam rituais regulatórios, acerca do preço da vacina, por exemplo. O Brasil é prioridade para a Moderna —diz Glaucia Vespa, diretora médica regional
para vacinas na América Latina da Adium, em parceria com a Moderna.
O grupo Adium já anunciava o interesse de entrar no mercado brasileiro desde o ano passado. A demora, explica Thiago Barbosa, diretor da unidade de vacinas da companhia no Brasil, está relacionada às mudanças regulatórias globais.
—Achamos melhor posicionar a vacina associada à variante Ômicron. Então esperamos para oferecer uma vacina adaptada. Teremos a vacina com as cepas BA.4 e BA.5 —afirma.
As negociações internas para que a empresa brasileira entrasse com o pedido junto à Anvisa se estenderam por meses: a previsão inicial era de que o pedido fosse realizado no final do primeiro semestre do ano passado. A presença no Brasil faz parte de uma grande movimentação da Moderna para inserir sua vacina no mercado latino. O acordo como grupo Adium, do qual a Zodiac (representante da Moderna no Brasil) faz parte, foi fechado em 2022.
O uso previsto para essa vacina é o de reforço, ou seja,
como doses adicionais para os que já iniciaram o esquema com outras vacinas.
A vacina da Moderna utiliza a tecnologia do mRNA (ou RNA mensageiro), tipo de desenvolvimento que utiliza a informações genômicas do vírus para dar ao corpo “instruções” sobre como barrar a evolução da infecção de maneira grave. A inovação foi uma novidade promissora da pandemia da Covid-19 e, de acordo com desenvolvedores, poderá ser irradiada para a criação de vacinas para evitar outras doenças.

Fonte:  O Globo