Dengue em SP: Governo vai distribuir repelentes para gestantes nos postos de saúde

Medida permanecerá em vigor durante o decreto de emergência para dengue no estado. Segundo a secretaria da Saúde, também serão liberados 10 leitos de UTI e 28 de enfermaria no Instituto Emilio Ribas para pacientes diagnosticados com a doença

O que diz a mídia

O governo de São Paulo anunciou a compra de 300 mil repelentes, que serão distribuídos mensalmente para as cerca de 50 mil gestantes do estado, grupo de risco da dengue.

A medida foi anunciada nesta quinta-feira (15) pelo Centro de Operações de Emergências (COE), da secretaria estadual da Saúde.

“Serão distribuídos cerca de 50 mil repelentes mês, durante o período que durar a epidemia de dengue no estado, onde o decreto estiver vigente. Isso vai dar, aproximadamente, pelas nossas contas, algo em torno de 300 mil repelentes distribuídos para as gestantes”, afirmou a secretária Priscilla Perdicaris.

Ainda de acordo com o COE, a distribuição será feita nas Unidas Básicas de Saúde (UBS). “E não só as gestantes do SUS terão direito, mas também as gestantes que estejam na saúde suplementar, que possuem convênio.”

O edital ainda está sendo finalizado pela secretaria e deve ser concluído nos próximos 15 dias. Depois, o governo precisará comprar e iniciar as entregas. Não há data ainda de quando o produto começará a ser ofertado.

Além dos repelentes, serão abertos 10 leitos de UTI e 28 de enfermaria no Instituto Emilio Ribas para pacientes diagnosticados com a doença. O COE também anunciou a criação de um comitê para investigar as mortes por dengue.

Mortes e casos

Nesta quinta (14), o estado de SP registrava 66 mortes causadas pela dengue em 2024, segundo dados divulgados pelo painel de controle da doença da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Os dados ainda apontam que o número de casos confirmados da doença é de 214.757. Outros 181 óbitos ainda são investigados.

No dia cinco de março, o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue no território paulista.

Capital

A Prefeitura de SP investiga a morte de uma criança de 8 anos por dengue. O menino morreu cinco dias após ter os primeiros sintomas.

Na capital paulista, em média, por dia quase 281 pessoas são diagnosticadas com a dengue. No final de fevereiro, um adolescente de 16 anos morreu cinco dias após ser internado com dengue na cidade.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a maioria das infecções está concentrada em 15 bairros: Vila Jaguará, Parque São Domingos, Itaquera, Jaçanã, São Miguel Paulista, Vila Leopoldina, Anhanguera, Tremembé, Campo Limpo, Vila Maria, Guaianases, Lapa, Água Rasa, Lajeado e Vila Medeiros.

Vacina

Em 25 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos cerca de 500 municípios brasileiros que deveriam receber doses do imunizante em um primeiro momento para vacinação do público-alvo, da faixa entre 10 e 14 anos.

Dentre os contemplados, apenas 11 ficam no estado de São Paulo: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Salesópolis. A capital ficou de fora.

Os municípios paulistas deram início à vacinação contra dengue de forma gradual, a partir de 19 de fevereiro.

Cuidados contra a dengue

Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d’água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.

Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água.

Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.

Fonte: G1