APM organiza o X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial

Nos dias 21 e 22 de outubro, a Associação Paulista de Medicina sediará a 10ª edição do Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial

Últimas notícias

Nos dias 21 e 22 de outubro, a Associação Paulista de Medicina sediará a 10ª edição do Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial. O evento, que será realizado de forma híbrida, teve a sua data especialmente escolhida pensando no Dia do Aviador – que acontece em 23 de outubro – representando uma época muito importante e significativa para os profissionais da área.

De acordo com a presidente do Congresso, Rozania Sobreira, o evento visa congregar os continentes sul-americano e europeu em prol da troca de conhecimentos na área de Medicina Aeroespacial e entre os profissionais que a constituem. Há também a busca pela divulgação da área de atuação e atualização médica frente aos avanços tecnológicos que relacionam a máquina e o homem através do aspecto das viagens suborbitais.  

Para ela, é uma grande honra e satisfação ter a realização do Congresso com a APM, visto que a sinergia com a Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA) é de longa data. Além disso, há muitos anos, a APM mantém um Comitê Científico de Medicina Aeroespacial, o que possibilita uma aproximação efetiva com a área.

“A Associação vem para engrandecer, tendo em vista o seu espaço maravilhoso, com condições ideais para a realização de um evento híbrido, além de permitir que possamos congraçar a SBMA com a Sociedade Portuguesa de Medicina Aeroespacial e as Forças Aéreas Brasileira e Portuguesa. Temos uma expectativa muito boa para que o Congresso seja um grande sucesso, e acredito que a sinergia entre a APM e a SBMA irá potencializar isso”, descreve Rozania.

Celebração e história

O X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial, além de tratar sobre temas altamente relevantes para o setor, também comemora o centenário da Travessia do Atlântico Sul – que representa um marco histórico na navegação aérea mundial. No acontecimento épico, dois aviadores portugueses, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.

A especialista explica que os profissionais partiram às margens do Rio Tejo, em Lisboa, em um hidroavião chamado Lusitânia, com o objetivo de alcançar o continente sul-americano, em especial, o território brasileiro, de modo que a viagem representa uma inestimável contribuição para o setor da aviação, uma vez que foi um divisor de águas para o campo.

“Nós pretendemos comemorar o feito histórico desses dois grandes aviadores. O nosso Congresso simboliza o efeito que esse acontecimento trouxe, permitindo a troca de conhecimentos e experiências tanto no cenário do Brasil, quanto no de Portugal. Queremos mostrar essa união luso-brasileira. Além disso, também vamos render homenagens a Santos Dumont, o pai da aviação e o grande responsável por proporcionar a possibilidade desse evento existir”, relata a presidente.

Rozania Sobreira conta que, no Brasil, a Medicina Aeroespacial começou a se desenvolver por volta de 1951, com o surgimento da Associação Brasileira de Medicina de Aviação, com o objetivo de estudar, discutir e divulgar tudo o que se relacionava com a área e as ciências correlatas. Foi neste mesmo período que começaram as primeiras jornadas de serviço de Saúde da Aeronáutica, de modo que o País recebeu uma das maiores referências no setor, o general Gary Armstrong, possibilitando o início do câmbio de informações.

Em 1989, é fundada a chamada Sociedade Brasileira de Medicina de Aeroportos, que visava ir além do setor da Medicina Aeroespacial, englobando o planejamento do atendimento às catástrofes aéreas, com foco na segurança e de acidentes aeronáuticos. Em 1994, é fundado o Comitê Multidisciplinar de Medicina Aeroespacial da APM, enquanto em 1995 acontece o I Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial.

Futuro promissor

Para chamar a atenção dos profissionais e atrair cada vez mais pessoas para o evento, Rozania destaca que essa é a hora certa para investir no setor: “Temos milhares de pessoas voando ao redor do Planeta inteiro. O médico pode ter uma formação específica nos temas que se correlacionam com a área, trabalhar em empresas áreas, entre outras possibilidades. Então, é uma perspectiva de mercado muito significante e importante”.

Em relação ao Brasil, a médica demonstra que o transporte aeromédico teve um crescimento exponencial durante a pandemia, permitindo também que outras especialidades se qualifiquem dentro do conhecimento técnico e científico. “Por estar em constante evolução, a área pode ser muito desafiadora, pois une a evolução tecnológica com o cuidado do organismo humano em condições que não são ideais. É preciso estar em constante aprendizado, agregando não só o conhecimento médico, mas também físico, químico e astronômico.”

Além disso, a especialista destaca a necessidade de haver profissionais qualificados, que possam orientar pessoas com doenças crônicas antes de fazer um voo longo, por exemplo – a fim de que elas não encontrem condições adversas que podem ser potencialmente preocupantes, levando em consideração que dentro de uma aeronave pressurizada, o nível de pressão e oxigênio são diferentes.

O X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial será realizado na sede da Associação Paulista de Medicina – localizada na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no bairro da Bela Vista, em São Paulo/SP – com transmissão on-line. As inscrições podem ser efetuadas através deste link. Participe!