APM sedia o X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial

O X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial e Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Aeroespacial foi realizado nos dias 21 e 22 de outubro, de forma híbrida, com transmissão a partir da sede da Associação Paulista de Medicina. O evento, da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA), visa congregar os continentes americano e europeu em prol da troca de conhecimentos na área

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O X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial e Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Aeroespacial foi realizado nos dias 21 e 22 de outubro, de forma híbrida, com transmissão a partir da sede da Associação Paulista de Medicina. O evento, da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA), visa congregar os continentes americano e europeu em prol da troca de conhecimentos na área.

A presidente do Congresso e da SBMA, Rozania Sobreira, agradeceu aos presentes, em especial ao presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral. Em seu discurso, citou a importância da Medicina Aeroespacial e também o programa científico: “Ele foi pensado cuidadosamente para reunir os principais temas da área, como acidente áereo, especialidades médicas, entre outros”.

Amaral, por sua vez, falou do imenso orgulho de a APM organizar e sediar este evento tão relevante. “A Medicina Aeroespacial compreende conhecimentos importantes a diversas especialidades médicas e se une também a outras profissões. Parabéns aos idealizadores e organizadores, e que seja um Congresso de muito sucesso”, enfatizou durante a cerimônia de abertura.

Para Marco Cantero, integrante da Comissão organizadora do evento, a Medicina Aeroespacial é uma especialidade médica em vários locais do mundo. “No Brasil, a gente tem uma atuação muito importante nas empresas aéreas, no transporte aeromédico, no regaste aéreo, em aviação militar – que é grandioso. Aliás, nasce tudo na versão militar, com todos os conhecimentos e dificuldades internacionais”, explica. De acordo com ele, o País tem produzido cada vez mais conhecimento e materiais científicos.

Além de tratar de temas altamente relevantes para o setor, o X Congresso Brasileiro de Medicina Aeroespacial também comemora o centenário da Travessia Aérea do Atlântico Sul – que representa um marco histórico na navegação aérea mundial. 

O diretor científico da Associação Médica Brasileira (AMB), José Eduardo Lutaif Dolci, agradeceu o convite para participar da abertura e disse ser bastante favorável às colocações e reinvindicações da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial. “Acho que alguns avanços já foram conquistados e acredito que mais coisas devem vir. É uma área de atuação muito importante, com crescimento exponencial de conhecimento e de necessidade de ajuda para outras sociedades na parte científica.”

Com vasta experiência em segurança de voo, o Brigadeiro médico Eduardo Camerini também marcou presença na abertura do Congresso.

Nos dois dias de evento, os participantes participaram de debates sobre acidentes aéreos, aspectos jurídicos e operacionais nos casos de óbitos a bordo de aeronaves, transporte aeromédico, desafios e conquistas da área. Houve também exposição e premiação de trabalhos científicos.

SMBA

A Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial é uma entidade sem fins lucrativos com interesse de gerar e divulgar conhecimento sobre a área de Medicina Aeroespacial. Em 20 de janeiro de 1951, foi fundada a Associação Brasileira de Medicina de Aviação, com o objetivo básico de “estudar, discutir e divulgar tudo o que se relacione com a Medicina de Aviação e Ciências Correlatas” – que teve seu nome alterado para Associação Brasileira de Medicina Aeroespacial em 1968.

Em 1951, foi realizada a 1ª Jornada do Serviço de Saúde da Aeronáutica, que teve como destaque a presença do Major General Harry G. Armstrong, Diretor de Saúde da USAF. Em 1970, iniciou-se no Ministério da Aeronáutica o “Plano de Desenvolvimento da Medicina Aeroespacial da Força Aérea Brasileira” e, em 1972, foi criado o Centro de Especialização de Saúde da Aeronáutica.

Em 1989, foi fundada a Sociedade Brasileira de Medicina de Aeroporto que, além da Medicina Aeroespacial, visava ao planejamento e execução de atendimento a catástrofes aéreas nos limites dos aeroportos. Sua Diretoria nomeou comissão para reforma dos Estatutos e o nome foi alterado para Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA).

Texto: Alessandra Sales
Fotos: Marina Bustos e Alessandra Sales