Brasil já registra mais de 18 mil notificações para monkeypox

Entre 1º de janeiro e 26 de agosto, o mundo teve 46.869 casos de monkeypox confirmados de maneira laboratorial, 302 casos prováveis e 15 óbitos - distribuídos em diferentes países: Nigéria (4), Gana (3), República Centro-Africana (2), Espanha (2), Brasil (1), Cuba (1), Equador (1) e Índia (1).

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Entre 1º de janeiro e 26 de agosto, o mundo teve 46.869 casos de monkeypox confirmados de maneira laboratorial, 302 casos prováveis e 15 óbitos – distribuídos em diferentes países: Nigéria (4), Gana (3), República Centro-Africana (2), Espanha (2), Brasil (1), Cuba (1), Equador (1) e Índia (1). Os dados foram registrados no mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Desde maio deste ano, houve aumento exponencial no número de casos da doença em países sem transmissão previamente documentada. Entretanto, o número de novos casos notificados (5.670) diminuiu globalmente em 13% durante a semana epidemiológica SE 34 (21 a 27 de agosto), quando comparado à SE 33 (14 a 20 de agosto), em que foram notificados 6.518 registros.

E do número de casos registrados nas últimas quatro semanas, a maioria foi nas regiões das Américas (17.049) e Europa (8.021). Globalmente, apresentam as maiores incidências de casos confirmados os Estados Unidos da América (16.513), Espanha (6.459), Brasil (3.984), França (3.421), Alemanha (3.405) e Reino Unido (3.340) – correspondendo a 79,2% do total.

Dos casos confirmados, pessoas do sexo masculino correspondem a 98,2%, com idade média de 36 anos. A faixa etária predominante, de 18 a 44 anos, corresponde a 78,1% dos casos. Ainda, foram registrados 0,6% de casos em pessoas de zero a 17 anos, sendo que 0,1% têm idade entre zero e quatro anos.

O boletim ressalta que a maior parte dos casos confirmados e prováveis não necessitou de internação. As hospitalizações ocorreram devido a necessidades clínicas ou para propósitos de isolamento e apenas oito pacientes precisaram de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Território nacional

Até o término da SE 34 (27 de agosto), houve 18.459 notificações para monkeypox, o que demonstrou aumento de 31,3% em relação à semana anterior. Deste número, 7.633 (41,3%) foram descartados e outros 527 casos (2,9%) não corresponderam às definições para caso suspeito.

Cerca de 29,5% dos registros foram classificados como suspeitos e 163 (0,9%) como perda de seguimento. Referente às perdas, 13 apontam resultado laboratorial inconclusivo e outros 149 não possuíam registro de coleta. Ressalta-se que 4.458 (24,1%) casos foram confirmados e 236 (1,3%) foram classificados como prováveis.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram a maior concentração de casos do País, indicando registros de 3.786 e 386, respectivamente. São Paulo foi o estado mais afetado pela doença, registrando 2.846 casos até a respectiva semana, seguido do Rio de Janeiro (624).

Pessoas do sexo masculino registram o maior número de casos prováveis e confirmados, com 4.359 registros. Em relação às raças, a maior incidência se deu em indivíduos brancos (2.153) e negros (1.752). A maior parte dos casos se concentra na faixa etária de 18 a 49 anos, que apresentou 4.323 registros, dos quais 4.105 se deram no sexo masculino. A média de idade foi de 30 anos.

Em relação aos sinais e sintomas da doença, os mais relatados por pacientes foram: febre (2.718), adenomegalia (2.132), dor de cabeça (1.081) e dor muscular (1.736). Sobre o aparecimento das lesões, as mais frequentes ocorreram na região genital (2.128), tronco (1.526), membros superiores (1.417) e face (1.147).

Até o período de análise, nove gestantes foram registradas como casos prováveis e confirmados pela doença, as quais eram residentes de São Paulo (4), Rio de Janeiro (3), Minas Gerais (1) e Rio Grande do Sul (1). Sobre a evolução dos casos, foi relatado um óbito para a doença, outros 238 (5,1%) foram hospitalizados e seis (0,1%) registraram internação em UTIs.