CQH promove live sobre estruturação de indicadores da Saúde

Na última quinta-feira, 10 de março, o Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – da Associação Paulista de Medicina (APM) – realizou a primeira de uma série de três lives para discutir estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde.

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Na última quinta-feira, 10 de março, o Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – da Associação Paulista de Medicina (APM) – realizou a primeira de uma série de três lives para discutir estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde.

A transmissão, via YouTube, ocorreu no canal de Orlando Pavani, professor e especialista em Administração Empresarial. Ele esteve acompanhado de Jayme Malek Júnior, membro da Governança do CQH. “Identificamos, por uma pesquisa, que os aproximadamente 70 hospitais que atuam com o CQH tinham a demanda de estudarem mais os indicadores hospitalares. Fizemos uma assembleia com a presença de Pavani e trouxemos alguns conceitos atualizados, que foram muito bem recebidos. Por isso, sentimentos necessidade de aprofundar esses conceitos”, disse Malek.

Nesse sentido, o Programa irá oferecer, entre 4 e 8 de abril, das 14h às 17h, o curso on-line com certificado “Estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde”, ministrado por Pavani e apoiado pela Sociedade Paulista e pela Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde (Sompas e Abrampas, respectivamente).

Quantidade de indicadores
Durante a conversa dos especialistas, Malek afirmou que comumente os indicadores dentro dos hospitais são relacionados aos processos operacionais e de estratégia, mas que há uma dúvida comum nestas instituições: quantos indicadores são necessários para uma boa gestão?

Conforme explicou Pavani, é preciso entender que as organizações devem medir, basicamente, duas coisas: a quantidade de processos (não departamentos) e projetos (aquilo que não existe e existirá em breve) que tem uma casa. “Vamos imaginar uma entidade com 20 projetos e 20 processos. São 40 itens a medir. Partimos do pressuposto que iremos acompanhar duas dimensões de cada, qualidade e velocidade, então já temos 80 itens. Lembrando do princípio de que sempre temos um indicador de esforço e outro de resultado, ficamos com 160 indicadores nesse exemplo”, detalhou o consultor.

Apesar de parecer muito para ser monitorado, o importante é saber realizar a análise. “Se todas as pessoas olharem para todos os indicadores ao mesmo tempo, será impossível. Há uma lógica para a análise crítica, que vamos ver mais no curso. Mas é preciso olhar os outcomes. Se estiverem ruins, aí sim vamos analisar os drivers.”

Análise crítica
Segundo Malek, mesmo que todos os dados estejam estruturados para serem medidos, há uma ansiedade entre os gestores para saber como melhor aproveitar os indicadores para realizar uma análise crítica da administração – algo exigido, por exemplo, por modelos de acreditação que atuam com hospitais.

Uma das principais falhas nesse segmento, apontou Pavani, é a falta de distinção entre o indicador que mede resultados daquele que mede esforços. “Essa noção fica misturada na cabeça das pessoas. Se soubermos melhor, temos possibilidade de fazer uma análise mais inteligente.”

Nesse cenário, é possível observar, por exemplo, que um processo tem um resultado ruim, mas um esforço bom – “um problema de tradução”, na definição do consultor. Ou um resultado bom em um projeto, mas com esforço insatisfatório. “Há aí um problema muito mais sério. Qualquer resultado que não venha do esforço, não é desempenho, é sorte”, finaliza.