Diretor da APM participa do programa Vida Melhor, da Rede Vida

Antônio Carlos Endrigo falou sobre benefícios da Inteligência Artificial na Saúde

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A incorporação da tecnologia na rotina profissional é uma realidade cada vez mais consolidada. Neste sentido, a ascensão da Inteligência Artificial na vida dos médicos é uma ferramenta que veio para auxiliar, tornando o trabalho mais assertivo e preciso. Para falar mais sobre o tema, o diretor de Previdência e Mutualismo da Associação Paulista de Medicina, Antonio Carlos Endrigo, participou do programa Vida Melhor, da Rede Vida, apresentado por Cláudia Tenório.

Para Endrigo, este é o momento ideal para expandir ainda mais a I.A, salientando que os médicos não devem ter medo de utilizar o instrumento, mas sim, aprofundar o conhecimento sobre uma tecnologia que vai ajudar muito. Ele relembrou que alguns hospitais do SUS já possuem serviços que trabalham com a Inteligência Artificial, contribuindo para separar os pacientes e o grau de emergência de cada um – agilizando processos e otimizando atendimentos.

O médico reforça os cuidados necessários ao usar a ferramenta. “A Inteligência Artificial tem um detalhe importante que, conforme você faz a pergunta, você terá respostas diferentes. Então, temos que tomar muito cuidado quando um leigo usa, porque ele não tem referência bibliográfica. Por isso que quando é um profissional que usa essas plataformas, ele interpreta melhor as respostas que estão sendo dadas.”

Sobre os aspectos éticos da I.A, o especialista relembra que é necessário ter uma regulamentação específica sobre o tema, assegurando os direitos dos médicos e dos pacientes – na Europa, isso já está evoluído, enquanto no Brasil, o processo ainda está nos processos iniciais, mas encaminhado.

“O médico sempre responde por aquilo que endereça ao paciente. Se usou uma plataforma dessas em cima do retorno que ele teve de resposta e toma uma conduta, mesmo que seja errada, ele jamais poderá culpar a plataforma, ele é responsável e tem que saber interpretar isso sempre. Eu acho que a Inteligência Artificial vai auxiliar o médico, ele vai usar a IA para apoiar na tomada de decisões, e quanto mais informações ele tiver, maior será o resultado”, reforça.

Além disso, também destacou alguns dos principais desafios identificados, como a resistência por parte de alguns médicos. “Este é um desafio que nós temos na Associação Paulista de Medicina, porque o médico tem um perfil conservador de uma forma geral, então você falar para ele mudar um pouco e ir para um lado mais liberal, usando mais tecnologia, é desafiador. Isso só conseguimos por meio de eventos, simpósios e congressos. É lá que ele terá contato com as tecnologias e poderá tirar dúvidas. É onde também conseguimos fazer uma transformação digital no médico”, complementou.