Ministério atualiza informações sobre anomalias congênitas no País

Entre 2020 e 2021, o Brasil registrou 2.726.025 e 2.023.803 nascidos vivos (NV), respectivamente. Segundo dados são do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em cada ano, 23.320 e 16.447 dos NV tinham anomalias congênitas.

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Entre 2020 e 2021, o Brasil registrou 2.726.025 e 2.023.803 nascidos vivos (NV), respectivamente. Segundo dados são do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em cada ano, 23.320 e 16.447 dos NV tinham anomalias congênitas.

Em todo o período, as anomalias congênitas que compõem os oito grupos prioritários para a vigilância ao nascimento foram registradas como causa básica de morte em 971 (1,90%) dos óbitos fetais e 6.543 (11,86%) dos óbitos infantis do País.

Nos anos analisados, as anomalias mais prevalentes no nascimento foram os defeitos de membros, registrando 25,7 casos para cada 10 mil nascidos vivos, seguidos das cardiopatias congênitas (11,84), fendas orais (6,9) e defeitos de órgãos genitais (4,8).

As regiões que apresentaram a maior prevalência de casos e que compõem o grupo prioritário para vigilância ao nascimento são Sudeste, Sul e Nordeste. Defeitos de membros foi a anomalia mais frequente no País, variando entre 0,49 por 10 mil NV em Roraima e 15,67 por 10 mil NV no estado de São Paulo. Em seguida, estão as cardiopatias congênitas, entre 2,36 por 10 mil NV no Acre e 30,85 por 10 mil NV em São Paulo.

Microcefalia foi a anomalia congênita menos prevalente no País, registrando menos de 1 caso por 10 mil NV em 16 Unidades Federativas, com máxima de 2,16 no Ceará. Vale ressaltar que a maior ocorrência de casos ocorreu no período de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (2015-2017), em que os altos índices foram resultados de infecção gestacional pelo vírus Zika.

Outras anomalias

Defeitos de tubo neural, de parede abdominal e Síndrome de Down são outras anomalias frequentes no Brasil. Nos anos analisados, foram registrados aproximadamente mil casos para cada anomalia.

Segundo o Ministério, as anomalias congênitas estão entre as principais causas de incapacidade e mortalidade infantil no mundo. Já existem tratamentos e medidas de prevenção para muitas anomalias, gerando retorno positivo quando realizadas de forma precoce.

As ações de prevenção para estas doenças são realizadas através da vacinação, prevenção de doenças maternas e de exposições a fatores de risco. A importância da vigilância ficou em evidência no ano de 2015, por conta da epidemia de microcefalia grave, relacionada à infecção pelo vírus Zika.

Globalmente, estima-se que cerca de 6% dos nascidos vivos possuam alguma anomalia congênita e, no Brasil, são a segunda principal causa de morte entre crianças menores de 5 anos.