Ministério da Saúde atualiza notificações de Sarampo no Brasil

De acordo com o novo boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre a Semana Epidemiológica SE 1 e SE 46 (até 19 de novembro de 2022), foram notificados 2.959 casos suspeitos de sarampo, sendo que 43 (1,5%) foram confirmados, 2.742 (92,7%) descartados e 174 (5,9%) permanecem em investigação

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De acordo com o novo boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre a Semana Epidemiológica SE 1 e SE 46 (até 19 de novembro de 2022), foram notificados 2.959 casos suspeitos de sarampo, sendo que 43 (1,5%) foram confirmados, 2.742 (92,7%) descartados e 174 (5,9%) permanecem em investigação.

Nesse período avaliado, os estados que tiveram a confirmação da doença foram Amapá, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará, totalizan­do ocorrência de casos em 11 municípios. O estado do Amapá segue com o maior número de casos confirmados, com 31 (72,1%), e a maior incidência (4,33 casos por 100 mil habitantes).

Crianças de um a quatro anos de idade concentram o maior número de casos confirmados, com incidência de 1,67 casos por 100 mil habitantes e, ainda nessa faixa etária, a maior ocor­rência se deu no sexo masculino, com 11 (45,8%) casos.

Do total das notificações de sarampo que permanecem em inves­tigação, 60 (34,5%) concentram-se no estado de São Paulo, seguido dos estados de Minas Gerais, 29 (16,6%), Pará 16 (9,2%), Bahia 14 (8,0%), Pernambuco 11 (6,3%), Rio de Janei­ro 10 (5,7%), Amapá 7 (4,0%), Amazonas e Distrito Federal 5 (2,8%), Acre 4 (2,2%), Ceará, Paraná e Santa Catarina 3 (1,7%), Paraíba e Goiás 1 (0,6%).

Apenas 11 estados realizaram o encerramento de todos os casos notificados de sarampo. Entre eles, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Entre a SE 1 a 46 de 2022, não ocorreram óbitos por sarampo, no entanto, em 2021, no estado do Amapá, foram registrados dois óbitos pela doença em bebês menores de um ano de idade.

Sarampo

O sarampo é uma doença viral aguda e extremamente grave, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade, pessoas desnutridas e imunodeprimidas. A transmissão do vírus ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar próximo às pessoas sem imunidade contra o sarampo. Além disso, o contágio também pode ocorrer pela dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, cre­ches, clínicas, entre outros.

De acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação, é importante que todas as pessoas de 12 meses até 59 anos de idade estejam vacinadas contra o sarampo. Nos locais com circulação do vírus do sarampo, as crianças que receberem a dose zero da vacina tríplice viral entre 6 e 11 meses e 29 dias (dose não contabilizada para fins do cumprimento do Calendário Nacional de Vacinação e coberturas vacinais) deverão manter o esquema previsto: aos 12 meses com a vacina tríplice viral; e aos 15 meses com a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.

A identificação e o monitoramento de todas as pessoas que tiveram contato com caso suspeito ou confirmado durante todo o período de transmissibilidade (seis dias antes e quatro dias após o início do exantema) são determinantes para a adoção de medidas de controle que devem ser realizadas de forma oportuna.