Na última terça-feira, 12 de março, o Centro de Operações Emergenciais (COE) divulgou dados atualizados sobre o panorama dos casos de dengue no Brasil. O informativo publicado refere-se ao período entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 a 10 de 2024. No período, já foram registrados 1.585.385 casos prováveis da doença, 450 mortes confirmadas e 849 em investigação.
Os indicadores apontam que, entre o número total de infecções, 13.112 são casos graves, com sinais de alarme. Além disso, revela que a doença se apresenta com incidência de 780,7 pessoas por 100 mil habitantes.
Apesar de haver uma queda entre a oitava e a nona semana do ano, de 275.420 para 236.600, conforme mostra o levantamento do Ministério da Saúde, o total de ocorrências registradas até a décima semana está prestes a ultrapassar a quantidade registrada em todo o ano de 2023.
Regiões
Entre os estados, Minas Gerais aparece com 513.418 casos, registrou 71 mortes por dengue e 324 estão em investigação. Na sequência, estão São Paulo com 292.386 ocorrências, Paraná com 152.648, o Distrito Federal registrou 138.543, e o Rio de Janeiro apresentou 121.464.
Em relação ao maior coeficiente para cada 100 mil habitantes, destacam-se o Distrito Federal (4.918,0), Minas Gerais (2.587,4), Espírito Santo (1564,6), Paraná (1334,0) e Goiás (1255,5). A média no Brasil é de 780,7 casos por 100 mil habitantes, conforme informado pelo documento.
Assim como nas semanas anteriores, o Sul segue liderando o ranking. Com o maior coeficiente de incidência, a região fechou a semana nove com o coeficiente pouco maior que 600. Logo em seguida, fica o Sudeste, com coeficiente próximo a 400. Por último, aparecem as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a taxa de incidência abaixo de 300.
Com relação à quantidade geral de casos graves e mortes, o cenário se modifica, com o Sudeste ocupando a primeira posição. A região registrou, na última semana, 6.332 casos graves e 173 óbitos, correspondendo a 38,4% das mortes do País.
Histórico
Nos últimos 11 anos, o número de pessoas infectadas tem aumentado. De acordo com o mapeamento realizado pelo Ministério da Saúde, com dados de 2002 a 2023, em 2013 foi a primeira vez que o território brasileiro registrou mais de 1,4 milhão de casos da doença. Naquele ano, houve 1.454.871 ocorrências e 656 pessoas morreram.
Observa-se que, desde então, em 2015, 2016, 2019, 2022 e 2023 apresentaram valores semelhantes de casos, respectivamente, 1.688.688, 1.483.623, 1.545.462, 1.420.259 e 1.658.816 ocorrências. O mesmo aconteceu com óbitos, com variações entre 701 e 1.094.
